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segunda-feira, abril 02, 2012

Time de Vitor Belfort vence a primeira luta do reality



No ‘The Ultimate FighterEm Busca de Campeões’ exibido neste domingo, dia 1º, os 16 lutadores selecionados para o reality show foram divididos entre duas equipes: Time Vitor e Time Wanderlei. E quem levou a melhor na primeira luta da edição foi o time de Belfort, que saiu na frente com uma vitória do peso pena Godofredy Pepey sobre Wagner Galeto.

O episódio começou com os lutadores conhecendo a casa na qual ficam confinados pelo resto do programa. “A emoção de ter entrado aqui foi inigualável. Com certeza o que passou pela cabeça de todo mundo é que essa é a casa dos sonhos de todos nós”, declarou o peso pena Rony Jason. Eles se dividiram entre os cinco quartos da casa, que tem também piscina, banheira, sauna e uma área de lazer. De lá, eles seguiram para o centro de treinamento, único local fora da casa ao qual tiveram acesso durante as gravações.

No centro de treinamento, os participantes foram recebidos pelo presidente do UFC, Dana White, que anunciou que, além de dois contratos com o UFC, estão em jogo os bônus de Melhor Nocaute, Melhor Luta e Melhor Finalização – valendo R$ 45 mil, cada. Na sorte, o treinador Wanderlei Silva optou por escolher o primeiro lutador, enquanto Vitor Belfort ficou com a decisão sobre a primeira luta. Os times foram divididos em:

Time Vitor
Peso Pena: Hugo Wolverine; Rodrigo Damm; Godofredo Pepey e Anistávio Gasparzinho. 
Peso Médio: Cézar Mutante; Daniel Sarafian; Thiago Bodão e Sérgio Moraes.

Time Wanderlei
Peso Pena: Rony Jason; John Macapá; Marcus Vinícius Vina e Wagner Galeto.
Peso Médio: Delson Pé de Chumbo; Francisco Massaranduba; Renée Forte e Leonardo Macarrão.

·      Após conhecerem a casa e o Centro de Treinamento, os lutadores receberam a visita ilustre do campeão dos pesos penas do UFC José Aldo, que acompanhou a luta entre os pesos penas e deu seus palpites sobre o embate. Foi decisão de Vitor Belfort a luta inaugural da edição: Wagner Galeto (Time Wanderlei) contra Godofredy Pepey (Time Vitor). Pepey derrotou Galeto na decisão dividida dos jurados, abrindo um ponto de vantagem para o Time Vitor e habilitando a equipe de Belfort a definir a disputa do próximo episódio. Mesmo com a derrota, Galeto continua morando e treinando com os outros competidores, tendo ainda a chance de retornar ao páreo caso algum dos lutadores não tenha mais condições de competir. “A importância de vencer a luta é a autoestima, a positividade, é tudo de bom”, comemorou Pepey. A comemoração entusiasmada dos companheiros de equipe do Time Vitor, contudo, incomodou o técnico, que ensinou a seus lutadores a importância do respeito ao adversário. “Quanto mais respeito eu tenho, mais autoridade eu tenho”, declarou Belfort. O embate do próximo episódio será entre os pesos médios.

Sobre o reality show
‘The Ultimate Fighter – Em Busca de Campeões’ é um dos reality shows esportivos de maior sucesso e de maior duração dos Estados Unidos. No ar desde 2005, o programa vai para sua 15ª edição, atraindo milhões de telespectadores a cada semana. A atração mostra lutadores profissionais de MMA morando juntos em uma casa e os acompanha enquanto treinam e competem um contra o outro por um contrato com o UFC. O show já revelou alguns dos lutadores mais talentosos do UFC.

Produzido pela Floresta, o reality ‘The Ultimate FighterEm Busca de Campeõesé exibido aos domingos, logo após ‘Domingo Maior’, com flashes às quintas-feiras e aos sábados. O Multishow reprisa os episódios durante a semana.


Central Globo de Comunicação

As Brasileiras apresenta A Perseguida de Curitiba


  
No episódio desta quinta-feira da série ‘As Brasileiras’, dia 5, a atriz Maria Fernanda Cândido estará em ‘A Perseguida de Curitiba’. Sandra (Maria Fernanda Cândido) era bonita feito Afrodite, a deusa que nasceu para encantar os corações de gregos e curitibanos. Mas andava sempre disfarçada, uma espécie de patinho feio, como se não acreditasse em seu potencial. Até que um dia resolveu apimentar sua relação com Jorge (Daniel Boaventura) em comemoração aos cinco anos de casamento.

Enquanto o marido vai buscar ajuda de Heloísa (Christiana Kalache), uma colega de trabalho, para presentear a esposa, Sandra prepara uma surpresa especial em casa. Ela só não imagina a confusão que está prestes a acontecer, justamente quando deixa para trás seu lado gata borralheira para se assumir como princesa. “A Sandra é curitibana, o que me deixou bastante à vontade para interpretá-la, estar naquele ambiente. É uma mulher que vai se redescobrir”, revelou Maria Fernanda.

O episódio ‘A Perseguida de Curitiba’ tem direção de Tizuka Yamasaki. ‘As Brasileiras’ é um programa de Daniel Filho, inspirado na obra audiovisual “As Cariocas”, realizada com base na obra de Sérgio Porto. Uma coprodução da Rede Globo com a Lereby, a série vai ao ar às quintas-feiras, na Rede Globo, logo após ‘A Grande Família’.


Central Globo de Comunicação

Caso do brasileiro morto em Sydney marca estreia do Profissão Repórter

Caco Barcellos e equipe do Profissão Repórter


Nesta terça-feira, dia 3, o ‘Profissão Repórter’ volta à grade da Rede Globo em nova temporada. No programa de estreia, Caco Barcellos e sua equipe mostram os bastidores do caso do brasileiro Roberto Laudísio Curti, de 21 anos, que estava em Sydney quando morreu após ser atingido por disparos de arma de choque da polícia, no último dia 18 de março. O estudante morava na cidade, com a irmã e o cunhado, desde junho do ano passado.

Caco Barcellos e Paula Akemi seguiram para Sydney onde acompanharam de perto as últimas notícias do caso. Caco mostra a ação da polícia, o silêncio das autoridades, as últimas informações da investigação e as contradições da polícia australiana. Paula Akemi refaz as últimas 24 horas do estudante antes de ser abordado pelos policiais e mostra como era a vida de Roberto no exterior. Entre os amigos, o estudante tinha fama de tranquilo, saudável, companheiro e que, como todo o jovem, gostava de se divertir.

Em São Paulo, Gabriela Lian acompanha família e amigos de Roberto. Ela vai ao apartamento em que morava sozinho, em Higienópolis, conversa com o último amigo que o viu em Sydney e acompanha as manifestações para a solução do caso.

O ‘Profissão Repórter’ vai ao ar logo após ‘Louco por Elas’.


Crédito – TV Globo/Zé Paulo Cardeal

Ação Mulher 2012 leva cerca de 20 mil pessoas a praça Batista Campos em Belém


Uma manhã de sábado especial, no ultimo dia 31/3, a Tv Liberal em parceria com o SESI e 19 entidades, em comemoração ao mês da mulher, realizaram o Ação Mulher 2012,  foram oferecidos vários serviços como : Manicure, Maquiagem, Massagem, Corte de Cabelo, Limpeza de Pele e informações sobre saúde e prevenção, tudo em prol do bem estar da Mulher. O evento encerrou com os shows das cantoras Gercica Gessy e Yasmim Friaça.
Agradecemos nesta Ação a parceria e o apoio das entidades:


SESI (Serviço Social da Indústria); AMORA; AVAO; Associação Profissional de Estética do Pará – APEP; Corpo de Bombeiro Militar; Cia Athletica; Central Única das Favelas – C.U.F.A; Crias do Futuro; Cruz Vermelha; CN Produções; Instituto Embelleze; Instituto de Estudos Superiores da Amazônia – IESAM; Ministério Público Estadual; Mãos que Curam – Massoterapia; Universidade Federal do Pará - UFPA/ Cerimonial; Hemopa; Faculdade Integrada Ipiranga; Faculdade Metropolitana da Amazônia – FAMAZ e Fly.

E ainda, a Tv Liberal aproveitou a oportunidade e  montou um stand para divulgar a programação de abril.
segue algumas fotos da Ação Mulher 2012.




























Abaixo o link da matéria

http://www.youtube.com/watch?v=jcu5xCZrzgU

Martín, pai adotivo de Nina, morre e ela resolve voltar ao Brasil

Diante da situação, ela toma uma decisão: ‘Acho que está na hora de eu fazer uma grande viagem’


Nina (Débora Falabella) e seu pai adotivo saem para um passeio de barco. Quando ela termina de puxar a âncora, olha para o lado e o vê caído.
Martín (Jean Pierre Noher) diz que está com muita dor e sentindo que chegou sua hora. Nina fica desesperada e ele declara: “De todas as minhas filhas, você é a que eu mais amei, mesmo não sendo filha do meu sangue”.

Mas é tarde demais... Já no píer, uma ambulância leva o corpo e Nina é amparada por sua irmã Begônia (Carol Abras). Depois de um momento de silêncio, a jovem toma uma decisão: “Acho que está na hora de eu fazer uma grande viagem. Eu vou para o Brasil”.E ainda a faz prometer que esquecerá a mulher que acabou com a vida dela no Brasil e desistir de se vingar. Nina promete e começa a gritar por ajuda.
Será que Nina não vai cumprir a promessa que fez ao pai? Acompanhe essas e outras emoções de Avenida Brasil. As cenas vão ao ar na segunda-feira, 2 de abril.

‘Tapas & Beijos’ Fátima e Sueli retornam para Copacabana casadas e desconfiadas



No episódio de ‘Tapas & Beijos’ desta terça-feira, dia 3, Fátima (Fernanda Torres) e Sueli (Andréa Beltrão) voltam da lua de mel ansiosas para receber as boas vindas na Djalma Noivas. Mas ao entrarem na loja, elas descobrem que o clima está péssimo entre Djalma (Otávio Muller) e Flavinha (Fernanda Freitas). O motivo da briga é a sogra de Djalma que mudou de mala e cuia para o apartamento deles em Copacabana. Para azedar de vez o clima, a mãe de Flavinha resolveu fazer obras na casa de Djalma. Sueli e Fátima se assustam com a briga do casal, sempre tão amoroso, e começam a repensar na relação com seus maridos.

Sueli lembra à amiga que Armane (Vladimir Brichta) era casado quando eles começaram o relacionamento e que, por isso, ele poderia ter um caso novamente com outra mulher. Sem a aliança no dedo, Armane recebe Dr. Tavares (Kiko Mascarenhas), o advogado de Clotilde, para discutir a pensão da ex-mulher. Armane quer parecer disponível e não poupa elogios apaixonados para Clotilde. Tudo uma armação para conseguir um bom acordo. O problema é que Fátima pega o marido sem aliança e, até que ele consiga se explicar, a confusão está formada.

No casamento de Sueli as coisas também estão complicadas. Fátima chama a atenção da amiga para o comportamento suspeito de Bia (Malu Rodrigues). A menina vive trancada no quarto e de lá só sai para assaltar a geladeira. Sueli tenta chamar a atenção de Jorge (Fabio Assunção), mas ele não leva muito a sério os problemas da filha. O mistério é resolvido quando eles descobrem que Jurandir (Érico Brás) está morando escondido no quarto da garota. Para agravar os problemas de todos, um forte estrondo abala a Djalma Noivas fazendo o teto desabar sobre a loja.

‘Tapas & Beijos’ tem redação final de Cláudio Paiva e direção geral e de núcleo de Maurício Farias. A série é exibida às terças-feiras, logo após ‘Avenida Brasil’.



Estréia no dia 16 de Abril 'Cheias de Charme'





Raïssa Giuliani Cajaraville

"Bom dia, amigo jornalista que já começou a correria. Está entrando no ar o seu, o meu, o nosso ‘Bom dia D. Maria’, hoje com a história de três heroínas.
São mulheres brasileiras iguais às donas Marias, Simones, Socorros e Ritas, que entram pela porta dos fundos das casas dos outros todos os dias. E quando pegam o rumo do trem, deixam para trás um rastro de perfume, limpeza e comida no fogão.
Para onde elas vão, e como?
Antes de embarcarmos nesta narrativa, tenho um importante comunicado para o querido ouvinte:
Estreia no dia 16 de abril ‘Cheias de Charme’, uma fábula sobre sorte, talento, show business e, principalmente, amizade.
É a história de Maria da Penha (Taís Araújo), Maria do Rosário (Leandra Leal) e Maria Aparecida (Isabelle Drummond), empregadas domésticas que se conhecem após uma noite de muita confusão. Do caos nasce uma grande cumplicidade, mostrando que na vida, assim como na música, a harmonia é fundamental. E como num conto de fadas, elas se transformam num bem sucedido trio de cantoras. A pedra no sapato dessas heroínas é Chayene (Cláudia Abreu), a rainha do eletroforró. A cantora amarga uma má fase na carreira e tentará se reerguer às custas do cantor Fabian (Ricardo Tozzi), sucesso do ritmo sertanejo universitário.
‘Cheias de Charme’ tem autoria de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, colaboração de Daisy Chaves, Isabel Muniz, João Brandão, Lais Mendes Pimentel, Paula Amaral e Sergio Marques,  supervisão de Ricardo Linhares, direção de núcleo de Denise Saraceni e direção geral de Carlos Araújo.
Prepare-se porque elas vão chegar para levantar a poeira!”
Minha nada mole vida - Penha (Taís Araújo)
“Essa é para você, que “rala” no dia a dia: a nada mole vida de Penha, Maria da Penha. Nossa primeira protagonista entra nessa história em um dia daqueles!”
Maria da Penha mora no Borralho, bairro fictício próximo a Jacarepaguá, zona oeste do rio de Janeiro, com seu marido Sandro (Marcos Palmeira), o filho Patrick (MC Nicollas) e os irmãos Alana (Sylvia Nazareth) e Elano (Humberto Carrão), que ela criou quando seus pais desapareceram. O casal, que já foi apaixonado, hoje amarga uma grande desilusão. Sandro era pedreiro até sofrer um pequeno acidente, o que virou desculpa para não fazer mais nada. E, a partir de então, passou a ocupar apenas dois lugares na vida: o sofá, no qual passa o dia inteiro assistindo televisão; e o campo de futebol, já que a pelada e o Vasco são, na verdade, as suas grandes paixões. 
Penha é cozinheira de forno e fogão, honesta e caprichosa. Independente, construiu a casa onde mora e nunca deixou faltar nada para o filho e os irmãos, e ainda ajudou Elano (Humberto Carrão) a se formar em Direito.  Um de seus sonhos era a construção de um “puxadinho”, que seria alugado para auxiliar nas despesas. Juntou dinheiro, concluiu a obra, mas a alegria durou pouco. Um fiscal da prefeitura bateu à porta dizendo que iria demolir a construção. Foi um susto para a dona da casa, que havia entregado o dinheiro a Sandro para a regulamentação, mas o malandro preferiu gastar a grana com um churrasco para os pedreiros. Se o casamento já não ia bem, ficou ainda pior.
No trabalho, ela também não tem paz. Penha trabalha no condomínio de luxo Casagrande, na casa de ninguém menos que Chayene (Cláudia Abreu), a rainha do forró. A cantora sempre foi ríspida com os empregados, mas passou do ponto, insultando Penha. A doméstica, que nunca havia passado por isso com patroa alguma, decidiu que não deixaria aquela história em branco. Na mesma hora, pegou sua bolsa e foi dar queixa na delegacia. 
Por acaso, ou por razões que só o destino conhece, foi na polícia que Penha conheceu Cida (Isabelle Drummond), também doméstica no condomínio Casagrande; e Rosário (Leandra Leal), moradora do Borralho. A empatia foi imediata. Era o começo de uma grande amizade!
No dia seguinte, Penha ligou para o programa de rádio do ‘Bom Dia D. Maria’ e contou, ao vivo, o que sua patroa havia aprontado. Foi um bafafá, que virou notícia em todos os jornais. O assunto também foi parar na justiça. De um lado Chayene, muito bem protegida pela Dra. Lygia (Malu Galli), advogada de um dos melhores escritórios de advocacia da cidade. De outro, Elano (Humberto Carrão), advogado recém-formado e irmão de Penha. A defesa tentava um acordo. A acusação brigava pela indenização. Estava claro que não chegariam a uma conclusão.
Dra. Lygia ficou impressionada com a sinceridade de Penha durante o julgamento. A doméstica contou todos os desaforos que escutou durante os anos que trabalhou para a cantora. Os problemas pesavam os ombros de Penha: um marido que não ajuda em nada; os meninos que só sabem fazer despesa e uma dívida no cartão de crédito que cresce como bola de neve.  No pensamento, uma ideia fixa: arrumar outro emprego!
Casa de ferreiro, espeto de pau...
No dia seguinte, para a surpresa de Penha, Dra. Lygia ligou e pediu que ela fosse a sua casa. Engana-se quem pensa que as duas são diferentes. O lado A e o lado B desse quadro social têm mais coisas em comum do que se imagina.
Na casa de Penha, Patrick (MC Nicollas) vive reclamando que a mãe não tem tempo para ele. Os filhos de Lygia têm a mesma queixa. São mulheres de mundos diferentes, mas com a mesma prioridade: o trabalho. Alejandro (Pablo Bellini), o espanhol marido da advogada, não é tão encostado quanto Sandro (Marcos Palmeira), mas dinheiro só sai da bolsa da advogada. A diferença é que, além de ser dedicado ao casamento, Alejandro é um bom pai para Manuela (Beatriz Petrenchunk) e um bom padrasto para Samuel (Miguel Roncato). O mesmo não se pode dizer de Sandro, um mau exemplo para os meninos.
Nos últimos anos, mais de 50 empregadas passaram pela casa de Lygia, que para ganhar uma promoção no trabalho, precisava de alguém para cuidar de sua casa, filhos e marido. Por ter simpatizado com Penha, Lygia abandonou o caso de Chayene e ofereceu o emprego a ela. Tocada com os problemas de Lygia, Penha aceitou na hora. É claro que Chayene fez o maior escândalo quando descobriu.
A Patroa perfeita
O novo serviço parecia um sonho. A casa não era grande e as crianças adoravam a comida de Penha.
Empregada e patroa estavam mais ligadas a cada dia. Penha sabe muito bem o que é trabalhar o dia inteiro e voltar cansada de noite, querendo encontrar as coisas em ordem. Em contrapartida, Lygia foi solidária aos problemas de Penha: conseguiu renegociar a dívida do cartão de crédito e, com seus contatos na prefeitura, legalizou o puxadinho. Tudo corria muito bem e a promoção finalmente chegou, mas a advogada deveria ficar parte da semana em São Paulo. E ela só poderia aceitar se a empregada passasse a dormir no serviço. Mas esta era uma questão delicada para Penha. Afinal, como ficaria sua casa, sua família, sua vida?
Considerando que Lygia era uma patroa maravilhosa, Penha aceitou o pedido. Ela também acreditava que, talvez assim, sua família lhe desse mais valor. Não demorou muito para Penha descobrir o motivo de nenhuma doméstica parar na casa de Lygia.
Então, precisando desabafar, Penha recorreu ao colo das amigas Rosário (Leandra Leal) e Cida (Isabelle Drummond). O encontro foi na mansão da patroa de Rosário, Chayene, que estava viajando. A três começaram a conversar e, só para se divertir, toparam embarcar na ideia maluca de Rosário: gravar um clipe.
Naquele dia, elas nem sonhavam onde isso ia dar...
Troco meu avental por um microfone – Rosário (Leandra Leal)
“Alô, você que ligou o rádio agora, e você que está aí desde que raiou o dia. Está no ar o seu, o meu, o nosso ‘Bom dia D. Maria’. O programa de hoje continua com a história da sonhadora, talentosa e “fabianática” Maria do Rosário, a nossa estrelinha. Essa é para você, que sonha além do que a vida lhe oferece todos os dias.”
Maria do Rosário passou parte da infância num orfanato. Aos 10 anos, o garçom Sidney Monteiro (Daniel Dantas) a adotou e deu a ela todo amor, educação e apoio que só um pai poderia oferecer. Moradora do Borralho, bairro fictício de Jacarepaguá, Rosário trabalha no bufê do seu Malaquias (Claudio Tovar). Cozinheira de mão cheia, é especialista em pratos saudáveis e sofisticados. Artistas e pessoas da high society carioca já provaram de seu tempero. Mas os sonhos de Rosário vão além das panelas e receitas.
Tudo o que ela mais quer é trocar o avental pelo microfone, estourar suas músicas nas rádios e ser uma cantora de verdade, como Chayene (Cláudia Abreu). E se as canções que compõe renderem um dueto com Fabian (Ricardo Tozzi), o maior artista do sertanejo universitário, melhor ainda. Rosário é “fabianática”. Com direito a santuário de imagens do artista, uma coleção de CD’s e um repertório criativo de loucuras das quais é capaz de cometer, só para ficar frente a frente com o ídolo.  
Enquanto a vida não lhe dá uma mãozinha, Rosário procura seus próprios meios para alcançar o que deseja. Foi com esse pretexto que batalhou para o bufê do seu Malaquias servir o camarim do show de Fabian.  O cardápio não poderia ser um mistério para ela. Como boa fã, sabe de cor as preferências gastronômicas do cantor: frutas, salada, chá, espumante, toalhas brancas de linho. E ela, é claro, servindo.
Tudo isso, para na hora “H”, entregar seu CD para o cantor, gravado no estúdio do produtor musical Kleiton (Fabio Nepo), lá no Borralho mesmo. Rosário tinha esperanças de que assim que Fabian ouvisse o material, sensível como é, iria perceber imediatamente o talento dela. A jovem também contava com a sorte de, quem sabe, Fabian perceber que os dois nasceram um para o outro.
É claro que alegria de “fabianática” dura pouco. Dinha (Juliana Alves), a colega de trabalho invejosa, não perdeu a oportunidade de acabar com a festa da outra. E correu para contar ao chefe que Rosário era tiete do artista. Naturalmente ressabiado, ele escalou outra para o trabalho - Dinha, claro. Mas a estrelinha de Sidney (Daniel Dantas) não deixaria aquilo barato, afinal, tanto esforço tinha que valer alguma coisa.
Sem que ninguém percebesse, Rosário se escondeu no furgão do bufê, driblou os seguranças e entrou no backstage do show. Enganou todo mundo e conseguiu chegar ao seu ídolo. Quando ia entregar o disco, os seguranças chegaram e a puseram para fora. Rosário reagiu e acabou na delegacia. 
Parecia o fim de um sonho, mas era o começo de muita sorte. Penha (Taís Araújo) e Cida (Isabelle Drummond), empregadas domésticas do condomínio fictício Casagrande, na Barra da Tijuca, também estavam aguardando o delegado. Penha havia ido prestar queixa contra Chayene (Cláudia Abreu), a madrinha musical de Fabian. Abismada com o destino, Rosário pensava: “Deus me tirou o Fabian hoje, mas me deu o caminho para chegar a ele!”, e, sabendo que a rainha do eletroforró não tinha mais empregada, se candidatou à vaga.
Azar na patroa... sorte no amor
Antes de ir para a entrevista com Chayene, Rosário foi ao bufê do seu Malaquias cumprir seu último dia de trabalho. Ela estava decidida! A partir daquele momento, iria correr atrás do que realmente queria: um futuro nos palcos, e não atrás do fogão. Enquanto arrumava suas coisas, a campainha tocou. Ela abriu a porta e quase caiu dura no chão. Era Fabian (Ricardo Tozzi). Seria possível, seu ídolo bem na sua frente? 
Mal entendido desfeito. Era Inácio (Ricardo Tozzi). O rapaz explicou que todo mundo o confundia com o cantor, e deixou claro que não gostava dessa comparação. Estava ali por conta de uma vaga para ser motorista do bufê. Reparando bem, os olhos eram diferentes, a cor dos cabelos, as roupas, o jeito. Mas tirando tudo isso, eles eram idênticos! Rosário gostou do rapaz. Ele também ficou encantado por ela. Trocaram telefone e deixando no ar a expectativa de voltarem a se encontrar.
O teste para ser cozinheira de Chayene foi um sucesso. A cantora amou a comida de Rosário e deu a ela o emprego. As impressões da cozinheira não foram tão boas: achou Laércio (Luiz Henrique Nogueira), ex-marido da cantora e secretário para todo tipo de assuntos, esnobe. E quanto à nova patroa, bem que Penha avisou: ela era um nojo! Mas qualquer sacrifício era válido para entrar no mundo das estrelas. Trabalhar na casa da rainha do forró era o primeiro passo para conhecer Fabian e mostrar seu talento como cantora.
Azar na patroa... sorte no amor. Inácio convidou Rosário para sair. Saíram uma, duas, três vezes e começaram a namorar. Ela não contou que era “fabianática”. Rosário sonhava com Fabian e acordava com Inácio. E a realidade ficava melhor que o sonho a cada dia. Nunca tinha vivido uma coisa tão forte. Sentia-se protegida e orgulhosa ao mesmo tempo. Coincidência ou não, assim que Rosário começou a trabalhar na casa de Chayene, todas as revistas só tinham um assunto: o namoro entre a rainha do eletroforró e o Príncipe das domésticas.
Sidney questionava a filha: “Se você tem o Inácio, por que não tira o Fabian da cabeça?”. Acontece que o namorado não gostava de música e era meio tosco. Então Rosário perguntava a si mesma se tinha uma sina na vida: ser cozinheira e mulher do Inácio. E não cantora e mulher do Fabian.
Uma pedra na sopa de Rosário
É claro que Dinha (Juliana Alves) não ficaria assistindo de camarote a felicidade de Rosário. Então contou para Inácio que sua namorada mantinha um verdadeiro santuário em homenagem a Fabian. Ressabiado, ele foi conferir e teve um ataque de ciúmes, arrancando as fotos da parede. Sem querer, Rosário deu todos os motivos para que o namorado se sentisse usado. Foi a primeira briga dos dois.
Eles fizeram as pazes, mas Dinha continuava com seus planos. Contou para Inácio que Rosário só estava trabalhando na casa de Chayene para se aproximar de seu ídolo. Nova briga, pazes refeitas, afinal, ela era louca pelo namorado. E ele por ela, mas depois de tudo o que havia descoberto, Inácio começou a implicar com o sonho da namorada em ser cantora.  Ameaçou dar uma incerta no trabalho de Rosário, só para checar se Fabian andava por lá.
No dia seguinte, a campainha da porta dos fundos da casa de Chayene tocou. Rosário abriu e ao ver Inácio não teve dúvidas, deu um beijo apaixonado..Foi constrangedor, era Fabian. Apesar do medo de que a patroa descobrisse, e da vergonha que estava sentindo, o cantor a tranquilizou dizendo que Chayene só descobriria se ela contasse. Aquele seria o segredinho deles. O coraçãozinho de Rosário estava dividido, ela se sentia traindo Inácio.
Resumo da ópera: Uma patroa doida, que gosta de levar vantagem em tudo, dois homens aparentemente iguais, mas completamente diferentes e dramas na vida familiar. O que mais poderia acontecer a Rosário?
Com Chayene na Bahia, onde faria um show, a vida da doméstica ficou bem mais tranquila. Foi quando Penha (Taís Araújo) e Cida (Isabelle Drummond) foram lhe fazer uma visita. Cada uma com um problema maior que o da outra. Em meio aos desabafos, Rosário questionava: “como é que vocês aguentam essa vida de doméstica?”
A gata borralheira – Cida (Isabelle Drummond)
“Você que está indo pegar a condução lotada, pensando no dinheiro curtinho, curtinho... não faz cara feia, não. Sorria para a vida, que a sorte será bem-vinda. Está no ar o programa ‘Bom dia, D. Maria’. E agora vamos conhecer a história de Maria Aparecida, uma doçura de menina. Boa sorte, minha querida! Porque com essa família que você tem...”
A mãe de Maria Aparecida, nome de adulto em graciosidade de menina, morreu quando ela ainda era uma pré-adolescente. A família do patrão Ernani Sarmento (Tato Gabus Mendes) disse que cuidaria dela, mas foi a madrinha Dona Valda (Dhu Moraes), cozinheira da casa, quem ficou com a guarda da menina. Tudo arranjado pelo advogado. Cida, como prefere ser chamada, cresceu junto com as filhas de Sarmento. Com um pequeno grande detalhe, ela herdaria a função da mãe: arrumadeira da casa, no condomínio Casagrande.
Os estudos eram pagos pela família, mas, quando completou 18 anos, teve a carteira assinada e se tornou oficialmente uma trabalhadora doméstica. Os sonhos iam além das janelas do quartinho da casa, ela queria ser jornalista. Cida passava as noites relatando num diário seus dias e fantasias para a mãe.
Dr. Sarmento é casado com dona Sônia (Alexandra Richter) e pai de Ariela (Simone Gutierrez), a mais velha, e Isadora (Giselle Batista). A primeira vive mal-humorada com suas dietas. E a caçula é até bonita, mas horrorosa por dentro, igual às outras mulheres da família. Elas têm inveja de Cida, que é naturalmente linda. Nesta família, a jovem é tratada como a própria gata borralheira.
Triângulo amoroso
Cida era namorada de Rodinei (Jayme Matarazzo), o entregador da mercearia do condomínio. Os dois nasceram na mesma data, 12 de outubro – dia de Nossa Senhora Aparecida, dia das crianças. Cida atribui a isso o fato do namorado ser tão infantil emocionalmente. Em contrapartida, Rodinei é politizado, contra a sociedade do consumo, grafiteiro e louco por hip hop.
A noite do Hip Hop do Pavilhão do Som, casa de shows do Borralho, era um evento importante para o grafiteiro, ele iria se apresentar pintando um painel de fundo para os caras do som. Cida queria ir, mas dona Sônia avisou que precisaria dela de noite, pois era o noivado de Ariela com Humberto (Rodrigo Pandolfo), o bajulador advogado do escritório de Dr. Sarmento. Haveria festa e se tem serviço, Cida não sai de casa. 
É dura a vida! Mas perder o noivado de Ariela, nem pensar. Foram criadas como irmãs naquela casa. Um acontecimento único. Rodinei faria outras apresentações. Ela tentou explicar ao namorado que não poderia ir à sua apresentação. Mas Rodinei fez cara feia e saiu para a festa disposto a aprontar, só para se vingar da namorada. Ele nem poderia imaginar que era Cida quem conheceria alguém.
Para não fazer feio no salão na noite da festa, Cida usou um vestido velho da Isadora, que tem corpo parecido com o dela. Velho é modo de dizer, porque a filha mimada do Dr. Sarmento usa roupa uma ou duas vezes e dispensa. Bem que Cida gostaria de poder se divertir como todos os convidados, mas sua função é menos glamurosa: limpar cinzeiro cheio de guimba. Mas naquela noite, as coisas sairiam diferentes. Ela estava desempenhando suas obrigações, quando um rapaz se aproximou. Era Conrado Werneck (Jonatas Faro), filho de um milionário da construção, que tinha acabado de se mudar para o condomínio com a avó. Era penetra na festa e convidou Cida para sair dali.
Apaixonada por Rodinei, ela não aceitou. A festa acabou cedo e Cida correu para ver o namorado. Entre ela e Rodinei sempre existiu Brunessa (Chandelly Braz), a “periguete” do condomínio. De calça justérrima, piercing no umbigo, marquinha de biquíni aparecendo e “o cabelão que voa”, seu maior orgulho, ela sempre usou todas as armas para ficar com Rodinei. É o calcanhar de Aquiles de Cida. E naquela noite, seria a responsável por um barraco daqueles! Quando chegou ao baile no Pavilhão do Som, Cida encontrou o namorado beijando sua arquiinimiga. Ela não pensou duas vezes e beijou o primeiro que apareceu pela frente: Elano (Humberto Carrão), irmão de Penha, que se apaixonou instantaneamente por ela. A noite terminou em confusão e ela foi levada para a delegacia.
Aguardando pelo delegado também estavam Penha (Taís Araújo) e Rosário (Leandra Leal). As duas estavam na pior: Penha acusando a patroa Chayene de agressão e Rosário, presa por ter invadido o show do Fabian (Ricardo Tozzi). Ninguém ali poderia imaginar que, em tão pouco tempo, o trio viraria sucesso da internet.
Dando adeus à abóbora
Depois de todos os acontecimentos daquela noite, Cida não conseguia dormir. A traição de Rodinei (Jayme Matarazzo) e os olhos azuis de Conrado (Jonatas Faro) não saíam de sua cabeça. No dia seguinte, saiu para ir ao mercado e foi cercada pelo playboy, que a convidou novamente para sair. Ela aceitou e só depois do filme, já dentro do carro dele, que entendeu a confusão. Conrado estava achando que ela era filha do Dr. Sarmento (Tato Gabus Mendes).  De certa forma ela era, afinal cresceu naquela casa. Mas será que o namoro sobreviveria à revelação de que Cida era a empregada da casa? Por via das dúvidas, ela preferiu guardar o segredo até o último instante.
Foi uma noite mágica. Romântica, Cida ficou maravilhada com a aparente simplicidade de Conrado. À primeira impressão, eles dividiam os mesmos gostos, estilos musicais, programas de televisão. Ela não queria acordar daquele sonho. Os encontros aconteciam sempre longe do trabalho. Em pouco tempo, Conrado a apresentou para a avó, a interesseira dona Máslova (Aracy Balabanian).
O cerco começava a se fechar. Máslova contou que tinha muita admiração pelo pai da menina e adoraria conhecê-lo. Cida achou melhor dourar a pílula, dar uma melhorada na história, e disse que era filha de criação do Dr. Sarmento. Conrado ficou decepcionado, mas disfarçou muito bem. Seus interesses estavam, na verdade, na fortuna da família da namorada. Agora que sabiam da verdade, ou parte dela, Cida podia apresentá-los aos seus pais.
Ela tomou coragem e foi conversar com Dr. Sarmento, abriu o coração e contou que estava namorando Conrado. O interesse do patriarca era nenhum, até a menina contar de quem ele era filho: do bilionário da construção civil Otto Werneck (Leopoldo Pacheco). Quando ouviu o nome, um súbito interesse tomou conta de Ernani. Otto é uma figura pública, está sempre nos jornais. Cida não sabia que aquela informação valia ouro, literalmente, porque a família Sarmento passava por um momento financeiro delicado.
Na cabeça de Ernani uma só ideia: “Se o magnata virar cliente do escritório vai ser a minha aposentadoria!”. Sendo assim, os patrões fizeram o que Cida pediu e convidaram Conrado e a avó para um jantar pomposo. Ariela (Simone Gutierrez) observava tudo aquilo morrendo de inveja do namorado rico e bonito da falsa irmã. E toda a família a tratava como se ela realmente fosse filha de criação. Cida estava vivendo o seu dia de madame e assim convenceu Conrado e Dona Máslova. Quem não estava gostando de nada disso era Valda (Dhu Moraes).  Ela sabia muito bem, pela sua experiência de vida, que aquilo não acabaria bem.
Uma bruxa em forma de irmã
Como na história de Cinderela, os momentos de princesa de Cida não durariam muito tempo. Não houve badalar de sinos, mas sim a chegada da bruxa em forma da filha da patroa, Isadora (Giselle Batista). Falsa amiga, disse a Cida que a ajudaria a se transformar em uma patricinha carioca. Conrado nem notaria que ela era empregada da família. Mas o real interesse da menina não era nobre. Isadora queria Conrado Werneck (Jonatas Faro) para si, e estava disposta a praticar os piores joguetes para conseguir.
Sentindo-se ameaçada, Cida procurou as amigas. Chayene (Cláudia Abreu) estava dando um show no carnaval da Bahia e Rosário estava sozinha. Penha também apareceu por lá. Começaram a contar suas mágoas e Rosário teve uma ideia que mudaria suas vidas. 
A patroa do bem – Lygia (Malu Galli)
“Vida de Maria não é moleza! Mas quando aparece uma patroa bacana, o que é ruim pode melhorar. Vou contar para vocês a história de Lygia, a patroa do bem. Mas não se deixem enganar pelas aparências. Apesar de não dar duro no forno e fogão, Lygia é mulher que rala! 
No escritório onde trabalha, ela é “tubaroa”. Em casa é “manhê!”. Entre quaro paredes, “mi amor”. Mas na certidão de nascimento é Lygia Mariz Ortega, quatrocentas tarefas e um dia de apenas vinte e quatro horas. Podiam ser trinta e duas, porque a doutora não consegue dar conta de tudo. Lygia se pega pensando se, em algum momento da humanidade, as mulheres trabalharam tanto quanto hoje. E por que motivo, a ciência ainda não inventou um jeito para simplificar o cotidiano delas.
Não que a mãe de Lygia não tenha tido uma vida dura. Ficou viúva muito jovem e, como professora, teve que dar muita aula extracurricular para sustentar a casa. O orçamento era contado e a única obrigação de Lygia e da irmã caçula Liara (Tainá Muller), era que fossem as melhores na escola para não perderem a bolsa. Imagine o desapontamento da mãe quando Lygia, aos 22 anos de idade, cursando a faculdade de Direito, durante as férias, engravidou. O pai de seu filho – um surfista baiano com quem teve um namoro rápido, já era página virada quando ela descobriu. A jovem teve que terminar a faculdade amamentando Samuel (Miguel Roncato) e, entre fraldas e chupetas, se ocupava também em dar seus primeiros passos na profissão.
A mãe de Lygia ajudou muito na época, mas não sobreviveu para ver o neto crescer. Liara se mandou para a França, onde faria uma faculdade, e a advogada só conseguiu desempenhar as funções maternas e profissionais graças à ajuda de uma super babá. Em homem Lygia nem pensava, Samuel cresceu filho de mãe solteira e ausente na maior parte do tempo.
Mi amor
Quando o filho estava maiorzinho, deixou-o com a irmã na França e foi a Espanha fazer um curso de especialização. No meio do caminho conheceu Alejandro (Pablo Bellini), modelo internacional, sorriso arrebatador e explicitamente encantador. Ele despertou os sentimentos adormecidos em Lygia, que se entregou à paixão. Passaram um tempo namorando à distância, mas quando a advogada engravidou de Manuela (Beatriz Petrenchunk), ele se mudou para o Brasil.
Além da vocação para amante, Alejandro é um ótimo pai para a Manu e a figura masculina que faltava na vida de Samuel. Não é propriamente um pai ou padrasto, mas quase um irmão mais velho, já que ele é seis anos mais novo que Lygia. Como ninguém é perfeito, o defeito de Alejandro é nunca ter se acertado profissionalmente. No começo, até fazia algumas fotos, mas depois foi ficando cada vez mais difícil, tinha a dificuldade da língua, as diferenças culturais... e com a mudança da super babá de Lygia para os Estados Unidos, o marido acabou assumindo as suas tarefas – não que ele tenha jeito para isso.
A “Tubaroa”
No trabalho a advogada tem fama de durona, é comum a chamarem de fominha. E ela é sim, competitiva, odeia perder uma causa. Mas é justa e jamais puxou o tapete de ninguém. Ao saber que o escritório ia cuidar da fusão de duas empresas, pensou: “agora é a minha chance de virar sócia”. Infelizmente, Dr. Sarmento tinha outros planos: queria dar o posto para o futuro genro. Então deixou o bajulador do Humberto (Rodrigo Pandonfo) comandar a fusão. Em troca, Lygia ganhou o caso da cantora Chayene, acusada de agressão doméstica pela ex-empregada. A decepção de Lygia foi imensa... Então era aquilo que ela ganhava depois de anos de dedicação e sacrifício?
Humberto era o principal concorrente da “tubaroa”. Ele entrou para a família do Dr. Sarmento para crescer na empresa. Além de jogar sujo, ganhava vantagem sobre Lygia. Como competir com alguém que não tem casa, filho, marido, roupa para lavar e o mundo para cuidar? Humberto não precisava providenciar a ração certa para a gata não morrer engasgada, ou fazer as compras do mês atendendo aos gostos de todos; não tinha que lidar com um entra e sai infindável de empregadas dentro de casa... Mais que isso: o Humberto não tinha que fazer um esforço constante para o caos da sua vida pessoal não interferir na vida do escritório, onde perder um prazo pode ser fatal.  Competir nesses termos era até covardia, mas Lygia adora a frase: “que vença o melhor, porque a melhor eu sei que sou eu”.
Quando pegou o caso de Chayene, Lygia nem imaginava que sua vida mudaria. E para melhor. Foi assim que conheceu Penha (Taís Araújo), a ex-empregada da cantora. A advogada ficou impressionada com a fibra da doméstica durante o julgamento. Lygia percebeu rapidamente que Penha estava coberta de razão, a Chayene era mesmo um nojo. Depois do encontro no tribunal, a “tubaroa” avisou ao Dr. Sarmento que estava fora do caso e ofereceu emprego para Penha. Foi quando Lygia se tornou a “patroinha” e sua vida começou a entrar nos eixos.
Penha sabia como ninguém administrar uma casa. Lygia ia trabalhar sossegada, voltava e encontrava tudo em ordem. Estava vivendo um sonho. Aos poucos foi se aproximando da empregada e constatou: “Tirando o background cultural, as duas tinham muito em comum”. 
A rainha do eletroforró – Chayene (Claudia Abreu)
“Agora, com vocês, a rainha do eletroforró, Chayene. Nascida no Piauí, seu primeiro sucesso foi o ‘Xote da Brabuleta’, que a consagrou internacionalmente. Mas não se enganem, amadinhas da Chay. Apesar de ter como símbolo uma borboleta, nossa cantora não é flor que se cheire.” 
No tapete vermelho dessa história reina absoluta a rainha do eletroforró, Chayene (Cláudia Abreu). De índole duvidosa, completamente amoral e sem noção do mundo que a cerca, a cantora tem como braço-direito o secretário Laércio (Luiz Henrique Nogueira), que é também seu maior fã. Foi Laércio quem descobriu Chayene para o estrelato.
Chayene se separou de Laércio quando começou a colher os frutos da fama que, curiosamente, ele ajudou a construir. Louco por ela, o rapaz mantêm-se ao seu lado, zelando para que todos os detalhes da vida da estrela sejam perfeitos. Os contratos de shows são fechados por Tom Bastos (Bruno Mazzeo), a raposa do meio artístico, também empresário de Fabian (Ricardo Tozzi).
Depois que insulta Penha (Taís Araújo) e é colocada na justiça, Chayene vê sua carreira entrar em decadência. O maior público da cantora é justamente da categoria profissional das empregadas. E, para se livrar do limbo musical que a ameaça, ela cobra um favor a Fabian (Ricardo Tozzi), o príncipe das domésticas.
O cantor não se mostra disposto a ajudar. Apesar de ser um pedido de sua madrinha musical, ele tem medo de associar sua imagem à decadência de Chayene. Entretanto, a diva guarda um trunfo. Fabian tem um segredinho que só a sua irmã Simone (Marília Martins) e Chayene sabem. Ela ameaça “colocar a boca no mundo”, caso ele se negue a ajudar. Sem saída, Fabian aceita e os dois engatam um namoro falso para alavancar a carreira da cantora.
O Príncipe das domésticas e o sósia – Fabian e Inácio (Ricardo Tozzi)
“O delírio das mulheres é Fabian, o rei do sertanejo universitário. A confusão na cabeça das moçoilas tem nome, fala e anda: é Inácio. Cara de um, focinho do outro, teriam sido separados na maternidade? Só no decorrer da história poderemos saber. Com vocês, os sósias da nossa fábula.”
Fabian (Ricardo Tozzi) é lindo e carismático. Autor de músicas “chiclete”, ele também tem uma presença de palco esfuziante. Nenhuma mulher resiste aos encantos do príncipe das domésticas, seu maior público. Sempre ao lado do cantor está Simone (Marília Martins), irmã mais velha e fiel escudeira para assuntos familiares, profissionais e amorosos. É ela quem cuida de sua carreira, ao lado do empresário Tom Bastos (Bruno Mazzeo).
O fã-clube do artista é liderado pelas “fabianáticas”, jovens capazes de, literalmente, qualquer coisa para se aproximar do ídolo. Que o diga Rosário (Leandra Leal). É claro que a vaidade de Fabian faz dele mesmo seu maior admirador. Todo esse sucesso ele deve, primeiramente, à Chayene (Claudia Abreu), sua madrinha musical.
Saem os cabelos super penteados de Fabian, entram as madeixas bagunçadas de Inácio (Ricardo Tozzi), sósia do cantor. Os olhos têm cor diferente, as roupas também, mas fora isso, eles são idênticos. O frisson que causa no sexo feminino por se parecer com o cantor, o deixa bastante chateado. Ele não gosta de ser comparado! E isso fica bem claro quando engata um romance com Rosário. Os dois se conhecem no bufê do seu Malaquias (Claudio Tovar), onde Inácio tenta a vaga de motorista e ela trabalha como cozinheira.
A Maria do mal – Socorro (Titina Medeiros)
“... esse foi o ‘Xote da Brabuleta’, da rainha Chayene, atendendo aos pedidos de Vânia, do Borralho. Você que sintonizou no programa ‘Bom Dia D. Maria’, aumente o volume. Agora eu vou contar a história da Maria, que é uma cabra da peste! Do interior do Piauí, direto para o Rio de Janeiro, para deixar a vida de seu irmão de cabeça para baixo. Socorro, a Maria do mal, começa a história aprontando no Rio e em sua terra natal.”
Maria do Socorro é irmã de Naldo (Fabio Lago) e filha de dona Epifânia (Ilva Niño). Fã de Chayene, assim que chegou para passar férias na casa do irmão, que é faxineiro do condomínio Casagrande, no Rio de Janeiro, foi oferecer seus serviços para a cantora. Para isso, precisou passar a perna em Rosário (Leandra Leal). O que não foi difícil. Socorro apenas contou para Laércio (Luiz Henrique Nogueira) que a candidata à vaga era amiga de Penha (Taís Araújo). O secretário dispensou Rosário, com receios de que fosse uma armação de ex-empregada, e contratou a piauiense.
O problema de Socorro é que ela é uma péssima empregada doméstica: não sabe cozinhar, não é adepta de limpeza e é preguiçosa. Então seus serviços foram descartados rapidamente. Laércio voltou atrás e recontratou Rosário.
Com as portas da casa da rainha do eletroforró fechadas para ela, Socorro recebeu um ultimato do irmão: “ou arruma o que fazer ou pode pegar as suas coisas e voltar para o Piauí.” Naldo dividia um conjugado com Kleiton (Fabio Nepo), no Borralho. Era insustentável que três pessoas morassem ali. Além do mais, Socorro era espaçosa e comia tudo que colocavam na geladeira, além de não ajudar com as despesas.
A contragosto, ela conseguiu emprego na casa de dona Máslova (Aracy Balabanian), mas não aturou as mesquinharias da patroa, que regulava até papel higiênico, e pediu as contas. Enquanto isso, a inveja de Socorro por Rosário só aumentava: ela queria porque queria ter a patroa dela – sua “ídola” Chayene. Falsa, denunciou o “puxadinho” de Penha.
Que ninguém se engane com seu ar de doidinha, seus delírios, suas trapalhadas. Socorro vai agindo assim, fingida, dissimulada, ajudando pela frente, atrapalhando pelas costas, feito um escorpião à espera da hora certa de ferroar, só aguardando o primeiro grande deslize de Rosário, para tomar o seu emprego.
Cansado das armações da irmã, Naldo arruma as suas coisas e a leva de volta para o Piauí. Na mala, alguns pertences que abocanhou de Chayene nos dias em que trabalhou para ela. Oportunista, Socorro diz para todo mundo que ficou amiga da rainha do forró, e que haverá um show da diva na cidade. Tudo não passa de mais um golpe.
Uma multidão comprou os ingressos para o show. Os boatos eram de que Chayene veio incógnita à sua terra natal e não podia ir embora sem fazer um show para os conterrâneos. A história acabou muito mal para Socorro. O público descobriu que era ela, por trás de um pano, fazendo coreografias, com o figurino que roubou, cantando playback.
Socorro foi tirada à força do palco, mas ainda conseguiu fugir. O povo foi atrás dela, que, sem saída, se jogou num rio cheio de piranhas e desapareceu.
Choram mãe, irmão e os poucos amigos. Por onde andará Maria do Socorro?
Famílias poderosas – Os Werneck e os Sarmento
“Interesses e tramóias também fazem parte do enredo. O ‘Bom Dia D. Maria’ conta a história de duas famílias poderosas que vão se unir por interesses obscuros. São os Werneck e os Sarmento com seu lema: negócios, negócios, amor à parte”
Otto Werneck (Leopoldo Pacheco) é empresário do ramo da construção civil, uma das maiores fortunas do Paraná.  Seu filho Conrado (Jonatas Faro) é o típico bon vivant. Nascido em berço de ouro, teve tudo que sempre quis. De cavalos, a carros, viagens e roupas de grife. Márcia, mãe de Conrado, morreu quando ele ainda era novo, mas deixou como herança o caráter, pois se casou com Otto por dinheiro.
Diferente do filho e da finada esposa, Otto é uma figura austera e detesta ostentar. Já Conrado, não se esforça para aprender o ofício da família. A faculdade de Direito só foi concluída graças às falcatruas que aplicou. E apesar de formado, não fez a prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), o que o impede de exercer a profissão. Quem apoia os caprichos do rapaz é dona Máslova (Aracy Balabanian), a avó materna. Sonsa e interesseira, ela culpa o genro pela morte da filha e encoberta as armações do neto.
Cansado da má influência que Máslova exerce sobre seu filho, ele a manda ao Rio de Janeiro para morar em um imóvel da família. Animado com a possibilidade de dar umas voltas pela cidade maravilhosa, Conrado decide viajar com a avó, com a desculpa de ajudá-la na mudança.
Eles vão parar justamente no Condomínio Casagrande. E ao chegar, Conrado fica sabendo da festa na casa do advogado Ernani Sarmento (Tato Gabus Mendes), nome conhecido no meio jurídico. O playboy resolve penetrar no evento e fica encantado com Cida (Isabelle Drummond).  O interesse aumenta quando ele descobre que ela mora naquela casa. O playboy presume que ela seja filha dos Sarmento, e se decepciona quando descobre que ela é, na verdade, apenas filha de criação.
Ernani Sarmento é advogado de direito empresarial e dono de um conhecido escritório. Sarmento sabe tudo de advocacia, mas seu maior mérito é, sem dúvidas, esconder bem as suas tramóias. O respeitado advogado está longe de ser honesto, mas é tudo tão discreto que nem mesmo Lygia, sua ética funcionária, percebe.
Quando descobre o namoro de Cida e Conrado Werneck, Ernani abre os olhos. A possibilidade de representar, juridicamente, a nova filial da “Construtora Amaro Werneck” é motivo para investir no caso dos pombinhos. O escritório vai mal, Ernani teve prejuízo em uma contabilidade fraudulentae e fará de tudo para pegar sua galinha dos ovos de ouro: Otto Werneck.
Sonia Sarmento, preocupada com a situação econômica do marido, tem uma ideia. Caso consiga unir em laços matrimoniais Cida e Conrado, seus problemas estarão resolvidos. Ela só precisa convencer os Werneck de que Cida é sua filha de criação. Com isso em mente, Sônia convida o rapaz e a avó para um jantar. A noite é perfeita e todos acreditam no cenário que foi armado, inclusive a inocente Cida. Pobre menina...
Uma por todas, e todas por uma
“Meu querido jornalista, como num enlace perfeito, as nossas três heroínas se esbarram, e o que são os encontros da vida senão uma grande oportunidade para o novo? Vamos descobrir o que a união dessas moças vai nos trazer.”
Reunidas na casa de Chayene, nossas três mocinhas trocam confidências, se dão conselhos e o que era só lamento se transforma numa verdadeira farra. Curiosas, vão dar uma espiada no closet de Chayene. Cida experimenta uns óculos, Penha uma bijuteria, Rosáro um vestido e começam a fazer um desfile. Exaustas, adormecem entre as plumas e paetês da cantora. 
Rosário desperta com um sonho, pega o violão de Chayene e começa a compor enlouquecidamente. É a melodia que vai trilhar o sucesso das três. Empolgada, acorda as meninas e conta seu plano. Sem nada a perder, Penha e Cida topam na hora. Elas têm apenas um dia para colocá-lo em prática.
Enquanto Chayene comanda a massa em Salvador, na sua casa no Rio o circo é armado. Cida separa o figurino, Rosário esmerilha a composição. Rola um ensaio pra aprender a música. Elano (Humberto Carrão), irmão de Penha, convoca Kleiton (Flávio Nepo), que é produtor musical caseiro. Levam algumas horas no estúdio da cantora, até que ficam satisfeitos.
“Senhoras e senhores, com Rosário nos vocais e Cida e Penha no backing vocal, está pronta a canção que vai mudar o destino das nossas heroínas.”
A segunda parte do plano é gravar o clipe tendo a casa da rainha do forró como locação. Com a filmadora emprestada, Kleiton assume a direção. As três Marias se revezam nos papéis de empregadas e patroas, numa caricatura hilária das situações que costumam viver. Estão produzidas, lindas, charmosas. Quando estão finalizando, Laércio (Luiz Henrique Nogueira) telefona para casa e acaba com a festa, diz para Rosário que estão voltando naquele dia.  As meninas interrompem a filmagem para uma força-tarefa de deixar tudo em ordem.
Kleiton corre para o estúdio no Borralho, está animado com o material que têm nas mãos. O produtor é fera nessa função e conseguiu um resultado bem razoável com as imagens. Rosário, Penha e Cida se reúnem para assistir e mal podem acreditar no que veem: na tela, parecem cantoras de verdade... para os padrões delas, é claro.
Rosário se empolga e quer colocar na internet, mas Elano alerta que pode ser perigoso, afinal usaram a casa, estúdio e roupas de Chayene para fazer o clipe. O que pode trazer complicações legais. A frustração é geral. Tanto trabalho para não poder mostrar a ninguém?
As meninas seguem seu rumo. No dia seguinte tem trabalho e elas precisam acordar cedo para pegar a condução. O que elas nem imaginam é que o clipe vai sim parar na internet, mudando radicalmente as suas vidas e de todos que as cercam.
“É isso, querido amigo jornalista. Encerro por aqui o ‘Bom Dia D. Maria’. Nossas estrelinhas mal sabem que armaram uma bomba que está prestes a estourar!
Saem espanadores, vassouras, panelas, receitas e patroas. Entram acordes, figurinos de estrela, aplausos e muito brilho. Até amanhã!”
Gravações de ‘Cheias de Charme’ no Piauí
Uma equipe com 60 pessoas, incluindo o diretor-geral Carlos Araújo e os atores Titina Medeiros, Fábio Lago e Ilva Niño, passou duas semanas gravando as primeiras cenas da novela no Piauí. “Gravamos no Delta do Parnaíba, uma região belíssima com um charme todo especial. Iniciar pelo Piauí foi importante como conceito e tom da novela”, conta o diretor.
No local, foram gravadas cenas do núcleo da família de Maria do Socorro (Titina Medeiros), a Maria do Mal. Depois de aprontar no Rio de Janeiro, o irmão Naldo (Fábio Lago) a leva de volta para sua terra natal, onde mora a mãe da dupla, dona Epifânia (Ilva Niño). Atrapalhada, Socorro causa uma grande confusão na cidade ao tentar se passar por Chayene (Cláudia Abreu), a rainha do eletroforró. Indignado, o povo vai atrás dela que, sem ter para onde correr, se joga num rio e desaparece.
Animado com o sucesso das gravações, Carlos Araújo comemora a parceria com os autores Filipe Miguez e Izabel de Oliveira: “São dois autores muito talentosos e sensíveis. É uma alegria ser o diretor-geral de ‘Cheias de Charme’.
Figurino
Personalidade é o que define o figurino das protagonistas. Penha (Taís Araújo) é uma mulher forte, guerreira e simples. Ela gosta de saia, de salto alto e sempre está com suas medalhinhas de proteção, além de gostar de acessórios no cabelo. Sua amiga Rosário (Leandra Leal) é mais antenada no mundo pop porque seu sonho é ser uma cantora de sucesso. Suas roupas sempre têm um toque de glamour, acessórios bem coloridos e charmosos. Já Cida (Isabelle Drummond) é uma moça mais romântica, mas não tem um estilo definido porque não tem dinheiro para comprar suas roupas e herda peças usadas pela cosmopolita Isadora (Giselle Batista), filha de seus patrões.
Gogóia Sampaio, que assina o figurino de ‘Cheias de Charme’, explica que os cantores do showbizz americano foram o ponto de partida para o desenvolvimento do guarda-roupa do grupo musical formado por Penha (Taís Araújo), Rosário (Leandra Leal) e Cida (Isabelle Drummond) e dos cantores Fabian (Ricardo Tozzi) e Chayene (Cláudia Abreu).
O figurino de show das três é moderno e abusa dos tecidos tecnológicos, tendo como referência cantoras do hip hop americano, como Beyoncé.
“A Chayene é puro brilho.”
Para Chayene, Madonna e até a boneca Barbie foram inspirações. “A Chayene é puro brilho. Ela é uma vencedora e faz questão de mostrar isso”, adianta Gogóia. As roupas da cantora são em sua maioria douradas, prateadas, cheias de penas, franjas, aplicações e texturas. Entre seus figurinos de show, há peças com luzes de LED que prometem iluminá-la nos palcos. “Inspirei-me nos peões de boiadeiro. Em ‘Explode Coração’, coloquei o Eri Johnson todo piscando com luzinhas. Fiz uma releitura disso agora com a Chayene. Baseei-me também nos modelitos com LED da cantora Fergie”, detalha.
Já o figurino do sertanejo universitário Fabian teve como base looks dos artistas internacionais Ricky Martin, Enrique Iglesias e Marc Anthony. “É uma homenagem a esses cantores. Queremos que os telespectadores queiram usar o que ele usa”, afirma a figurinista. A marca das roupas do vaidoso Fabian, assim como de Chayene, também é o brilho, mas um brilho mais discreto, além de uma modelagem justa.
“Fabian é slim. Inácio é comfort
Já Inácio, sósia de Fabian, é seu oposto no quesito estilo. Ele é um rapaz prático, bonito, mas não é ligado em moda. “Ele quer conforto”, conta. 

Caracterização

“Pop é o conceito que descreve o look do grupo musical formado por Rosário (Leandra Leal), Cida (Isabelle Drummond) e Penha (Taís Araújo). A maquiagem das três é moderna e colorida. Os cabelos recebem apliques de rabo de cavalo. Tudo inspirado nos clipes de grandes estrelas do cenário mundial contemporâneo”, conta o supervisor de caracterização Marcelo Dias.
Brilho. Essa é a palavra que define o visual da vilã Chayene (Cláudia Abreu). Para viver a cantora, a atriz coloca extensões nos fios para dar volume e contraste de cor e também faz babyliss. Nas mãos, unhas postiças sempre pintadas em tons cintilantes, especialmente dourado, cor mais marcante de seu visual. O rosto recebe uma maquiagem forte, cílios postiços e glitter. O look fica completo com um piercing que, na verdade, é um strass colocado no queixo da atriz.
Fã de Chayene, a personagem Socorro (Titina Medeiros) é uma versão mal acabada de sua musa inspiradora. Seus longos cabelos são frisados, sua maquiagem é exagerada e propositalmente tosca.
Para viver os personagens sósias Fabian e Inácio, o ator Ricardo Tozzi ganhou visuais bastante diferentes. O primeiro usa lentes azuis e mechas mais claras no cabelo, que são coladas com adesivo. Já o segundo tem um visual bem básico e o cabelo em um só tom.
Bruno Mazzeo, que interpreta o empresário Tom Bastos, também tem mechas mais claras no cabelo, resultado da técnica de balayage.
Outro personagem masculino, cuja caracterização merece destaque, é Rodinei. Jayme Matarazzo ganhou cavanhaque, bigode, costeleta e raspou o cabelo com máquina quatro para viver o grafiteiro. Uma tatuagem composta de dois braceletes celtas feitas com uma tinta especial completa seu estilo.
Marcos Palmeira ostenta um bigode na pele do folgado Sandro, que lhe confere um característico ar de malandro.
Produção de arte
Humor e leveza dão o tom da produção de arte de ‘Cheias de Charme’, assinada por Eduardo Feijó. Um dos destaques do trabalho realizado pela equipe é a divertida e colorida estátua de Chayene (Cláudia Abreu) que, na trama, enfeita sua cidade natal no Piauí. A peça, de mais de dois metros, é composta por um mosaico de 14.500 miniespelhos com aplicação de borboletas, que são a marca da cantora. A inspiração veio de um designer italiano que faz manequins revestidos de espelhos. A estátua fez sucesso na vida real, com os moradores da cidade de Sobradinho, onde cenas de Socorro (Titina Medeiros) foram gravadas.
O Piauí, terra natal de Chayene, é retratado pela produção de arte da novela por meio de elementos locais, bem brasileiros, mas sob a ótica de um Nordeste contemporâneo que trocou o burro pela moto, que tem acesso à internet e se comunica pelo celular.
“Se você é um cantor de sucesso, um ônibus de turnê personalizado não pode faltar”, diz Eduardo.  Por isso, ‘Cheias de Charme’ conta com dois ônibus envelopados com fotos de Fabian (Ricardo Tozzi) e do grupo musical formado por Penha (Taís Araújo), Rosário (Leandra Leal) e Cida (Isabelle Drummond). Também foram produzidos bottons de Fabian que são usados pelas “fabianáticas”, grupo de fãs alucinadas do cantor.
As comunidades de Rio das Pedras, Cantagalo e Dona Marta serviram de ponto de partida para a composição do universo da comunidade do Borralho, onde as protagonistas Rosário e Penha vivem. “Pesquisamos muito nesses lugares e trouxemos o que mais tinha a ver com a nossa história. Como a novela parte do conceito de fábula, nosso Borralho é lúdico com toques realistas. A lanhouse de lá, por exemplo, é bem poluída visualmente, com muita informação e muitos fios”, adianta o produtor de arte.
A equipe também se aprofundou no tema grafite que faz parte da história do personagem Rodinei (Jayme Matarazzo).
Fotografia
Iluminada! Assim o diretor de fotografia Roberto Amadeo define ‘Cheias de Charme’.  “Como é uma história alegre e positiva, optamos por fazer algo bem solar, alegre e divertido, alinhado à proposta da novela”, explica.
O destaque fica por conta do LED (Light Emitting Diode), utilizado tanto nos palcos dos shows dos personagens Fabian (Ricardo Tozzi) e Chayene (Cláudia Abreu), quanto na casa da cantora em pequenos detalhes, como prateleiras e abajures.
Para as cidades cenográficas Borralho e Casagrande, a fotografia manteve o high light, mas com uma estética mais sóbria, contrapondo com os cenários dos cantores da novela. “Até para os momentos mais densos da trama ou de cenas noturnas, mantemos o brilho, em primeiro plano e no fundo também’, conta Amadeo. 
Cenografia
“Uma pequena caixinha de jóias, cheia de pequenos brilhantes”: é essa metáfora que May Martins, arquiteta responsável pela cenografia de ‘Cheias de Charme’, usa para definir esse projeto. Ao lado de Mauro Vicente e Claudiney Barino e de uma equipe composta por 13 pessoas, May usou luz e reflexo como ponto de partida para desenvolver a cenografia da novela. “Em todos os ambientes, dos mais ricos aos mais simples, temos tetos iluminados, abajures, materiais que refletem vidros e potes espelhados”, descreve.
O trabalho resultou em duas frentes de cidade cenográfica: a comunidade do Borralho e o condomínio Casagrande. A primeira tem uma extensão de 4.500 metros quadrados de área construída enquanto a segunda possui 2.500 metros quadrados. Para desenvolver os dois, a equipe pesquisou e fotografou várias comunidades do Rio de Janeiro e muitos condomínios da Barra da Tijuca.
 O Borralho tem uma arquitetura de grande densidade habitacional e foi dividido em três partes. No Baixo Borralho, mais urbanizado, há um misto de comércio e casas residenciais enquanto no Médio Borralho ficam as áreas de lazer e convívio da comunidade. Já o Alto Borralho tem uma ocupação mais desordenada, casas mais simples, becos e vielas. O condomínio Casagrande é constituído por casas de luxo e prédios contemporâneos com suas áreas sociais compostas por piscina, academias e salão de festa. Um dos estabelecimentos do condomínio é o “Messias Market”, um misto de loja de conveniência e mercadinho inspirado nas delis nova-iorquinas e argentinas.
A casa de Chayene (Cláudia Abreu) é um caso à parte, assim como ela. As gravações externas acontecem em uma casa que teve sua fachada pintada de rosa pink para imprimir a personalidade extravagante da cantora. Na parte interna, se destacam os quadros e os espelhos. Todos eles têm imagens de Chay ou seus discos de ouro. “Essas peças, que fizemos em parceria com a produção de arte, representam a egotrip dela”, conta May.  As formas arredondadas também marcam a cenografia da casa e tem a ver com sua sensualidade. A maior expressão desse design sinuoso é o gazebo em formato de gaiola com aplicações de borboleta, marca registrada da rainha do eletroforró. Dentro dela, uma poltrona colorida com desenho de borboleta, peça original do artista Romero Britto, aquisição da produção de arte. “Para criar a residência da Chay, usamos como referência mansões de artistas nacionais e internacionais”, explica.
Assim como a casa da cantora simboliza sua personalidade, o lar de Penha mostra a luta da empregada doméstica. “Foi um grande exercício de pesquisa porque ela é uma pessoa caprichosa, mas com um orçamento muito apertado. Seus móveis foram comprados à prestação e não combinam entre si. Azulejos diferentes marcam as obras inacabadas”, contextualiza.
Outro destaque da cenografia é a “Galerie”, misto de boutique com galeria de arte, de propriedade de Sônia (Alexandra Richter). O local é um grande galpão cheio de sofisticação, iluminação especial e obras que representam exclusividade e riqueza.

Entrevista com os autores Filipe Miguez e Izabel de Oliveira

‘Cheias de Charme’ é a primeira novela de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, como autores titulares. A dupla se conheceu há 20 anos, mas o primeiro trabalho juntos só aconteceu em ‘Duas Caras’ (2007), de Aguinaldo Silva. A empatia foi imediata. Os autores, que escolheram a amizade como tema para a novela, destacam a importância do sentimento: “Gosto muito de uma frase do Vinícius de Moraes: o amigo a gente não escolhe, reconhece”, diz Filipe.
Formados em Comunicação Social, eles não chegaram a trabalhar na área. A vocação sempre esteve direcionada para a literatura. “Os escritores que conheço só existem porque escrevem, ou enlouqueceriam. Eles têm uma criatividade que precisa ser canalizada em algum lugar. No meu caso e do Filipe, em novelas”, conta Izabel.
Filipe Miguez estreou na emissora em 1995, e escreveu ao todo 11 novelas como colaborador, dentre as quais ‘Senhora do Destino’, de Aguinaldo Silva; ‘Força de um Desejo’, de Gilberto Braga; ‘Pé na Jaca’, de Carlos Lombardi; e ‘Agora é que são elas’, de Ricardo Linhares.
Izabel de Oliveira deu os primeiros passos na TV Globo em 2000, colaborando para ‘Esplendor’, de Ana Maria Moretzsonh. A autora teve sua primeira experiência como titular em ‘Malhação’, durante dois anos, ao lado de Paula Amaral. Também se destacam as colaborações em ‘Duas Caras’, de Aguinaldo Silva, e ‘Insensato Coração’, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, entre outras.
Como vocês se conheceram?
Izabel de Oliveira – Nos conhecemos há 20 anos. Fomos apresentados pelo ator Luiz Henrique Nogueira, um amigo muito querido dos dois, e fomos nos descobrir quando trabalhamos juntos em ‘Duas Caras’, do Aguinaldo Silva. Eu li uma cena do Filipe que amei e mandei um e-mail pra ele falando isso; a partir daí, começamos a mostrar os nossos trabalhos um para o outro, trocar experiências. E foi surgindo a vontade de trabalharmos juntos.
Como é escrever a primeira novela?
Filipe Miguez - Dá um frio na barriga, mas nessa hora contar com uma parceira alivia bastante a ansiedade. Tenho muita confiança no projeto e em todos os envolvidos. A Denise Saraceni nos dá muita tranquilidade e segurança e está realizando um trabalho esplêndido. Não posso imaginar uma estreia mais bacana.
Izabel de Oliveira – É uma emoção imensa, eu sempre fui apaixonada por novela, sempre quis fazer o que eu faço. Apesar de cansativa, eu agradeço todos os dias por ter essa profissão. Fico muito feliz que esse primeiro trabalho como autora principal conte uma história tão alegre, tão emocionante. Claro que dá ansiedade, mas eu já colaborei pra muitos autores, aprendi demais com eles, fui cabeça durante dois anos de Malhação, numa outra parceria com a Paula Amaral. Eu sou muito disciplinada no trabalho, estou escrevendo essa história com muito amor, muita dedicação. Enfim, trabalhando eu tento conter a ansiedade. Acho que a maior dificuldade, e não sei se é dificuldade, mas sim desafio, é criar tramas coerentes e interessantes por tanto tempo. O meu maior desejo como autora é continuar contando as minhas histórias.
Pela primeira vez numa novela, os personagens principais são as domésticas. Porque abordar esse tema agora?
Filipe Miguez - O nosso ineditismo não está tanto no tema, e mais no enfoque. Em ‘Cheias de Charme’, quando a empregada vai para casa, a novela vai junto. Quando vai visitar a família no Norte, a gente vai com ela também. Os cômodos geralmente periféricos (cozinha, área, dependências) na nossa trama são centrais. Neste sentido, é um novo olhar, de uma nova perspectiva.
O que o público pode esperar da novela?
Izabel de Oliveira - Uma história leve, engraçada, cheia de viradas e surpresas.
Vocês participaram da escolha do elenco?
Filipe Miguez- A Izabel e eu não gostamos de escrever a sinopse pensando em atores específicos, porque isso pode ser frustrante e limitador. Preferimos construir nossos personagens com humanidade, dotá-los de uma alma ficcional e, quando essas vidinhas passam a pulsar, eu brinco que os próprios personagens escolhem seus intérpretes. A nossa Chayene, por exemplo, não deixou por menos e escolheu a Cláudia Abreu! (risos) Depois da escalação, passamos a escrever para aquele ator, e vai ficando impossível imaginar que fosse diferente.
Como está sendo trabalhar com Denise Saraceni e Carlos Araújo?
Filipe Miguez – A Denise tem uma doçura na condução, ao mesmo tempo em que tem firmeza. Ela e Carlinhos (Carlos Araújo, diretor-geral) conceituaram muito bem a novela e agregaram uma turma muito bacana, que é a nossa cara. São pessoas interessadas em contar a nossa história, sintonizadas e com um talento imenso. Uma equipe maravilhosa e um elencaço!
Izabel de Oliveira – Está sendo 10! Se é um casamento, como dizem, o nosso é cheio de amor!

Entrevista com Denise Saraceni

‘Cheias de Charme’ é a 17ª novela de Denise Saraceni.
A diretora de núcleo da TV Globo estreou na emissora como assistente de produção do seriado Malu Mulher (1979). Seu último trabalho foi Passione (2010). Denise conquistou diversos prêmios, entre eles o Grande Prêmio da Crítica de TV, dado pela APCA à minissérie A Muralha; o APCA de Melhor Diretora pela minissérie Engraçadinha; e o Prêmio Coral Negro de Melhor Vídeo no Festival de Cinema e Vídeo de Havana, pela minissérie O Tempo e o Vento. A diretora concorreu também com ‘O Natal do Menino Imperador’ e ‘Dó-Ré-Mi Fábrica’ ao Emmy International de 2009 na categoria Infantil. Em 2011, foi premiada no Seoul International Drama Awards, na Coreia do Sul, com ‘Passione’.
Como surgiu o convite para dirigir ‘Cheias de Charme’?
Denise Saraceni: Eu estava preparando uma série, quando veio a encomenda da novela do Filipe e da Izabel e eu me convidei para ser a madrinha.
Por que falar sobre as empregadas domésticas? Por que esse enfoque?
Denise Saraceni: Filipe e Izabel tiveram a sensibilidade de escolher um tema que está presente na vida cotidiana. O divertido dessa trama é descobrir o que essas empregadas fazem depois do expediente, quando vão embora para casa. Além das trabalhadoras domésticas, vamos abordar os desafios femininos em geral. As patroas também são retratadas na história e têm questões que muitas vezes se assemelham às de suas funcionárias. As duas precisam, por exemplo, conciliar o trabalho com a família.
A novela mostra muito da realidade, do trabalho, dos desafios cotidianos, mas traz todo o glamour e diversão do mundo musical com os personagens da Chayene, do Fabian e, posteriormente, do grupo formado por Penha, Rosário e Cida.
Como a novela se inspirou no tecnobrega?
Denise Saraceni: A novela não foca apenas no tecnobrega, ela se inspira na música pop e nessa música nova que vem da periferia. Entre elas, há a música da abertura que é tecnobrega. Esse ritmo apareceu em um estudo que o querido Hermano Vianna, nosso consultor, nos trouxe sobre o universo popular. Foi ele quem nos apresentou o trabalho da cantora Gaby Amarantos.  Ela foi uma referência muito importante porque tem um perfil parecido com o da Penha. Ela é uma cantora de sucesso no Pará, que está estourando no Brasil, faz sucesso, mas não sai do seu registro cultural, não abandona suas origens. A Gaby também serviu de exemplo dessa produção cultural bem mais democrática que a internet possibilitou. Também foram muito importantes os encontros com Michel Teló e com Joelma, da banda Calypso.
Como foi a escolha do elenco?
Denise Saraceni: Tivemos bastante sorte porque é um elenco muito carismático formado por atrizes e atores que estão se tornando protagonistas, como a Isabelle e a Leandra protagonizando pela primeira vez.  Já Taís e Cacau (Cláudia Abreu) estão vindo renovadas pela própria vida, pela maternidade, com muita luz própria. Todo mundo chegando com muita garra para trabalhar, se arriscando, apostando no diferente, na irreverência. Isso faz toda a diferença. Tem sido um exercício criativo muito estimulante.

Qual o maior desafio para colocar ‘Cheias de Charme’ no ar?
Denise Saraceni: A parte dos shows. Nunca havia inserido a música na dramaturgia dessa forma.  Sempre usamos o show como cenário, mas aqui ela é personagem. O show tem que ter a personalidade da Chayene, a personalidade do Fabian. A música está ajudando a contar a nossa história. Ao mesmo tempo, não posso parar a cena para tocar a música. Ela é inserida na trama, ao longo de todo o processo. Também destaco o desafio de retratar a realidade da vida das nossas protagonistas.

O que os telespectadores podem esperar de ‘Cheias de Charme’?

Denise Saraceni: Emoção e diversão. A novela tem os ingredientes que as pessoas gostam de ver: romance, humor e aventura. Em ‘Cheias de Charme’, a vida é um show com muita música e cor.


Descrição dos personagens
Núcleo Maria da Penha
Penha (Taís Araújo) – Alegre, caprichosa e leal, é trabalhadora doméstica. Sustenta o marido Sandro (Marcos Palmeira), o filho Patrick (MC Nicollas), e os irmãos Elano (Humberto Carrão) e Alana (Sylvia Nazareth).  Será empregada de Chayene (Cláudia Abreu) e da advogada Lygia (Mallu Gali), com quem terá uma relação de amizade. Quando conhecer Cida (Isabelle Drummond) e Rosário (Leandra Leal), terá seu destino mudado e se transformará em cantora.
Sandro (Marcos Palmeira) – Marido de Penha (Taís Araújo), é sustentando pela esposa desde que parou de trabalhar como pedreiro. Preguiçoso e manipulador, se faz de vítima para o filho Patrick (MC Nicollas) e a cunhada Alana (Sylvia Nazareth). 
Patrick (MC Nicollas) - Filho único de Penha (Taís Araújo) e Sandro (Marcos Palmeira). Adora a mãe, mas faz chantagem emocional dizendo que ela nunca está em casa quando ele precisa. 
Alana (Sylvia Nazareth) – Irmã caçula de Penha (Taís Araújo) e Elano (Humberto Carrão), é muito solidária ao cunhado Sandro (Marcos Palmeira).
Elano (Humberto Carrão) – Irmão de Alana (Sylvia Nazareth) e Penha (Taís Araújo), foi criado por ela na ausência dos pais. É recém-formado em Direto, graças ao apoio de Penha.
Kleiton (Fábio Nepo) -  Vizinho de Penha (Taís Araújo) e amigo de Elano (Humberto Carrão). Dono da lan house da rua, tem um estúdio no Borralho onde produz músicas e clipes. Divide um conjugado com Naldo e Socorro.
Voleide (Maria Pompeu) - Vizinha de Penha (Taís Araújo) no Borralho. Avó de Kleiton (Fábio Nepo). É a dona do “Chopeokê”, casa de chope com um pequeno palco para shows.
Ivone dos Anjos (Christiana Kalache) – Trabalha como faxineira em casa de família. Tia de Brunessa (Chandelly Braz) e melhor amiga de Penha (Taís Araújo).
Gentil (Gustavo Gasparani) - Locutor do programa ‘Bom Dia, D. Maria’, o preferido das trabalhadoras domésticas. 
Núcleo Maria do Rosário
Rosário (Leandra Leal) – Órfã, foi adotada por Sidney (Daniel Dantas) aos 10 anos de idade. É cozinheira, mas tudo que quer é ser cantora. Para se aproximar do meio artístico, vai trabalhar como doméstica na casa da cantora Chayene (Cláudia Abreu). É fã de Fabian (Ricardo Tozzi) e apaixonada por seu sósia Inácio (Ricardo Tozzi). Realizará seu sonho quando conhecer Penha (Taís Araújo) e Cida (Isabelle Drummond).
Sidney (Daniel Dantas) - Para Rosário (Leandra Leal), é um pai na acepção da palavra: fã, provedor e protetor. É gerente do “Bufê do seu Malaquias” (Claudio Tovar).
Heraldo (Sérgio Menezes dos Reis) – É garçom no “Bufê do seu Malaquias” (Cláudio Tovar). Vai ser amigo e confidente de Inácio e parceiro de Dinha (Juliana Alves).
Dinha (Juliana Alves) - Ajudante de cozinha do “Bufê do seu Malaquias” (Claudio Tovar), tem uma eterna rixa com Rosário (Leandra Leal). Determinada a conseguir o que quer, ela vai fazer tudo para roubar Inácio (Ricardo Tozzi) da colega.
Inácio (Ricardo Tozzi) – Honesto, vem fugido da Região Serrana, onde, por conta de um mistério do passado, sua vida corre perigo. Começa a trabalhar no “Bufê do seu Malaquias” (Claudio Tovar) e se apaixona por Rosário (Leandra Leal). Sósia do cantor romântico Fabian (Ricardo Tozzi), abomina essa semelhança, que já lhe gerou algumas confusões.
Núcleo Maria Aparecida
Cida (Isabella Drummond) - Filha da copeira Dolores e do motorista Santos, ambos já falecidos, foi criada na casa da família do Dr. Ernani Sarmento (Tato Gabus) desde criança, quando começou a trabalhar como arrumadeira após a morte da mãe. Vive um triângulo amoroso com o entregador Rodinei (Jayme Matarazzo) e o playboy Conrado (Jonatas Faro). É alvo da paixão platônica de Elano (Humberto Carrão). Depois de conhecer Rosário (Leandra Leal) e Penha (Taís Araújo), sua sorte muda e se torna uma cantora ao lado das amigas.
Ernani Sarmento (Tato Gabus Mendes) - Jurista inescrupuloso e maquiavélico, é o principal nome à frente do “Escritório Sarmento”. É casado com a dispendiosa Sônia (Alexandra Richter) e pai de Ariela (Simone Gutierrez) e Isadora (Giselle Batista).
Sônia Sarmento (Alexandra Richter) - Patroa de Cida (Isabelle Drummond). Manipuladora, não hesita em recorrer à chantagem emocional pra conseguir o que quer. É dona da boutique “Galerie”, e mãe de Ariela (Simone Gutierrez) e Isadora (Giselle Batista).
Ariela Sarmento (Simone Gutierrez) – A desocupada e rabugenta filha mais velha dos Sarmento. Ambiciosa, fica noiva de Humberto (Rodrigo Pandolfo), advogado mauricinho do escritório de seu pai.
Humberto Jordão (Rodrigo Pandolfo) – Braço-direito de Ernesto Sarmento (Tato Gabus), ele fica noivo de Ariela (Simone Gutierrez) com intenção de garantir um bom cargo no escritório do sogro. 
Isadora (Giselle Batista) - Filha caçula dos Sarmento, assim com a irmã Ariela (Simone Gutierrez), implica com Cida (Isabelle Drummond). Enquanto não encontra um pretendente milionário, estuda moda no exterior. Vai disputar com Cida o playboy Conrado (Jonatas Faro).
Valda (Dhu Moraes) – Cozinheira da família Sarmento há mais de 30 anos, é madrinha de Cida (Isabelle Drummond). Doce, maternal e devota de Santa Zita, a padroeira das domésticas.
Conrado Werneck (Jonatas Faro) – Formado em Direito, é filho do milionário Otto Werneck (Leopoldo Pacheco). Neto de Dona Máslova (Aracy Balabanian), vai morar com a avó no Rio de Janeiro após brigar com o pai. Provoca fascínio nas jovens e vai seduzir Cida (Isabelle Drummond).
Otto Werneck (Leopoldo Pacheco) - Dono da “Construtora Amaro Werneck”, enriqueceu licitamente e condena o comportamento amoral do filho Conrado (Jonatas Faro). Mora em Curitiba e vai ao Rio de Janeiro esporadicamente.
Máslova Tilman (Aracy Balabanian) - Sogra de Otto (Leopoldo Pacheco) e avó de Conrado (Jonatas Faro). Vai morar no condomínio Casagrande após sair de Curitiba. Materialista e interesseira, vive do dinheiro da família.
Rodinei (Jayme Matarazzo) - Namorado de Cida (Isabelle Drummond). Mora no Borralho e é entregador na mercearia de seu Messias (Edney Giovenazzi). Grafiteiro, adora a cultura hip hop. Ainda vai se envolver com Brunessa (Chandelly Braz).
Brunessa (Chandelly Braz) – Eterna rival de Cida (Isabelle Drummond), com quem disputa o amor de Rodinei (Jayme Matarazzo).  Tem fama de “periguete”.
Núcleo Chayene e Fabian
Fabian (Ricardo Tozzi) – Cantor de sucesso do sertanejo universitário.  Consolidou-se com o sucesso de hits musicais que arrebatam mulheres de todas as classes. É conhecido como o príncipe das domésticas, seu maior público. Sedutor, alia as famas de bom moço e mulherengo. Ao contrário de Inácio (Ricardo Tozzi), é alinhado e mantém uma aparência impecável.
Simone (Marília Martins) - Irmã mais velha, secretária e conselheira de Fabian (Ricardo Tozzi). Devota do cantor, anulou-se totalmente para viver à sua sombra. Esconde um mistério. 
Chayene (Cláudia Abreu) – Piauiense, é a rainha do eletroforró. Seu primeiro sucesso foi o “Xote da Brabuleta” e sua característica dancinha. Moradora do condomínio Casagrande, vê sua carreira declinar e atribui isso ao seu (invisível) sobrepeso. É patroa de Penha (Taís Araújo) no começo da história e de Rosário (Leandra Leal) logo depois. Viverá um namoro promocional com o cantor Fabian (Ricardo Tozzi), a quem apadrinhou para o sucesso. Amoral e muito doida, será uma pedra no sapado das domésticas.
Laércio (Luiz Henrique Nogueira) - Empresário de Chayene (Cláudia Abreu) no começo de carreira, poucos sabem, mas foi também o primeiro marido da cantora. Para continuar em seu convívio, tornou-se seu empregado e secretário. É o ajudante de ordens da vilã.
Tom Bastos (Bruno Mazzeo) – Raposa do meio musical, é o empresário de Chayene (Cláudia Abreu), Fabian (Ricardo Tozzi), e posteriormente, de Rosário (Leandra Leal), Penha (Taís Araújo) e Cida (Isabelle Drummond). Adorado pelos artistas em ascensão, odiado por aqueles no declínio.
Núcleo Lygia
Lygia (Malu Galli) – Advogada competente do “Escritório Sarmento”. É mulher do espanhol Alejandro (Pablo Bellini), irmã de Liara (Tainá Muller) e mãe de Samuel (Miguel Roncato) e Manuela (Beatriz Petrenchunk). Será patroa de Penha (Taís Araújo) e, assim como ela, sustenta a casa e a família.
Alejandro (Pablo Bellini) - Ex-modelo fotográfico, é marido de Lygia (Malu Galli) e pai de Manuela (Beatriz Petrenchunk). No condomínio Casagrande, onde mora com a família, ele tem fama de mulherengo entre as empregadas.
Manuela (Beatriz Petrenchunck) - Filha de Lygia (Malu Galli) e Alejandro (Pablo Bellini), nasceu na Espanha e cultiva a cultura ibérica mesmo longe do país.  Estuda dança flamenca e fala espanhol. Vai se afeiçoar muito à Penha (Taís Araújo).
Samuel (Miguel Roncato) – Filho mais velho de Lygia (Malu Galli), Samuel não chegou a conhecer o pai. Arrogante e implicante, tenta esconder sua insegurança com atitudes malcriadas. 
Liara (Tainá Muller) – Irmã e melhor amiga de Lygia (Malu Galli). Após morar por seis anos em Paris, volta ao Rio de Janeiro para trabalhar na “Galerie”, loja-galeria de Sônia Sarmento (Alexandra Richter).
Condomínio Casagrande
Socorro (Titina Medeiros) – Piauiense, vai para o Rio de Janeiro morar com o irmão Naldo (Fábio Lago), no Borralho. Fã de Chayene (Cláudia Abreu), vai fazer de tudo para trabalhar na casa da cantora. Ao longo da trama, trabalha como empregada de Lygia (Mallu Gali), Dona Máslova (Aracy Balabanian) e outras patroas, sempre aprontando. Fofoqueira e perigosa, é a Maria do mal.
Naldo (Fábio Lago) - Faxineiro e faz-tudo no condomínio Casagrande, veio do Piauí com a ambição de crescer com seu trabalho. Não aprova as armações da irmã Socorro (Titina Medeiros).
Seu Messias (Edney Giovenazzi) - Dono da mercearia do condomínio Casagrande, é patrão e conselheiro de Rodinei (Jayme Matarazzo). É ético e querido por todos.