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quinta-feira, fevereiro 23, 2012

"Amor Eterno Amor" A próxima novela das seis que estreia em 5 março.



Amor, do latim amore. Sentimento que impele as pessoas para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso. Grande afeição de uma a outra pessoa. Afeição, grande amizade, ligação espiritual. Benevolência, carinho, simpatia. Ambição e cobiça. Culto, veneração. Caridade. Coisa ou pessoa bonita, preciosa, bem apresentada.
Fonte: Dicionário Michaelis

Explicar o amor não é tarefa das mais fáceis. Para entender é necessário sentir. Os dicionários tentam, os poetas declamam, as mães não têm dúvidas e os amantes se dedicam. Mas quem inventou esse sentimento tão sublime? O amor aquece, acompanha, emociona. Amar e ser amado é a grande recíproca por que todos os seres humanos procuram. Há mil maneiras de amar. Da mais doce à mais enferma. Sentimento nobre, que justifica muitos atos insanos e outros nem tanto. Até o mais racional de todos os homens pode sentir. Reféns do amor. É o que somos. E, para onde esse amor pode nos levar? Quais loucuras somos capazes de cometer para vivê-lo e quantos são os obstáculos que teremos que enfrentar na busca por esse sentimento tão pleno?
É em nome das juras de amor que Carlos (Caio Manhente) busca o reencontro com seu amor de infância, a menina Elisa (Júlia Gomes). E é o amor incondicional que move as esperanças de Verbena Borges (Ana Lúcia Torre) à procura de pistas que possam levá-la a seu filho, Rodrigo, desaparecido há quase 30 anos. Sem se preocupar com o caminho árduo que percorrerão, os dois iniciam uma jornada no escuro, cheia de obstáculos, intrigas e armações, com um só objetivo: a expectativa de que um dia a vida volte a ser completa. A autora Elizabeth Jhin, assina o enredo da nova novela das seis,‘Amor Eterno Amor’, que estreia dia 5 de março. “É uma história folhetinesca sobre jornadas, a busca por respostas e a busca por um grande amor do passado”, conta a autora. A trama conta com colaboração de Eliane Garcia, Lilian Garcia, Denise Bandeira, Renata Jhin e Duba Elia e pesquisa de Marília Garcia. A direção de núcleo é de Rogério Gomes, a direção geral, de Pedro Vasconcelos, com direção de Roberta Richard, Luciana Oliveira, Paulo Ghelli e Fábio Strazzer.
A perseverança de Verbena (Ana Lúcia Torre) é invejável. Quase três décadas se passaram e ela continua em busca do maior amor de sua vida, seu filho Rodrigo (Gabriel Braga Nunes). Aos três anos, enquanto brincava em uma pracinha, o rico herdeiro da família Borges sumiu misteriosamente. Rodrigo cresceu na pequena Arraial de Fora, em Minas Gerais, sem saber sobre sua verdadeira origem. O menino recebeu o nome de Carlos e foi criado como filho legítimo de Angélica (Denise Weinberg) que, até a morte, lutou para livrá-lo dos maus tratos do padrasto Virgílio (Osmar Prado). Assim que conhece Carlos, o carrasco não demora muito para perceber os dons especiais do enteado – ele acalma qualquer animal somente com seu olhar – e não titubeia: começa a explorar o menino como uma grande atração para os circos que se apresentam na cidade. Carlos (Caio Manhente), então, passa a ser conhecido como “o menino domador de feras”.
Os momentos de paz na infância sofrida, Carlos ganha quando conhece Elisa (Júlia Gomes), seu primeiro amor. Uma promessa doce e inocente é selada por um amuleto que o menino jura nunca mais tirar do pescoço - uma concha presa em uma tirinha de couro, símbolo do amor que não tem fim. Mas essa quietude não dura muito: depois da morte de sua mãe Angélica (Denise Weinberg), Carlos foge desesperadamente, após ser pressionado por Virgílio. Sua vida recomeça com a carona de um caminhoneiro bem intencionado, que o leva para viver junto à sua família, na Ilha de Marajó, na pequenina Vila dos Milagres, no Pará. O novo começo e a distância, porém, o separam de seu grande amor. Mas nada fará com que Carlos esqueça Elisa.
O tempo passa e, trinta anos depois, no Rio de Janeiro, Verbena (Ana Lúcia Torre) descobre estar no fim da vida e, em um ato extremo, aposta no que, para ela, será a última tentativa de reencontrar seu filho Rodrigo: um apelo nacional. As pistas levam a Carlos/Rodrigo (Gabriel Braga Nunes) em Vila dos Milagres. Quem parte em busca da verdade sobre o menino desaparecido é a jornalista, Miriam (Letícia Persiles). Já no primeiro encontro, o peão e a repórter são impactados com a profunda ligação que sentem um pelo outro, sem nunca terem se visto antes. Um choque arrebatador que os abala e embala em uma intensa história de amor.
Amor, meu grande amor
Mas há outra história de amor e essa começou ainda na infância. Carlos (Caio Manhente) e Elisa (Júlia Gomes) compartilhavam a aventura de descobrir o mundo juntos: o primeiro vento no rosto, o sabor de deitar na grama, as gargalhadas e o primeiro amor. “Quer casar comigo?”, é assim que o menino sela a vontade de passar o resto da vida com Elisa, que suspira ao dizer a palavra que confirma a reciprocidade do sentimento: “Sim!”. Um futuro desenhado em apenas uma noite, como se não houvesse mais nada além deles. Um sonho de duas crianças, observados apenas pelo céu estrelado da pequena cidade de Arraial de Fora, em Minas Gerais.
Enquanto Carlos e Elisa trocam alianças imaginárias, Angélica (Denise Weinberg) defende seu filho. Ele não sabe que ela não é sua mãe de verdade. Angélica o criou desde que ele tinha três anos com se fosse do mesmo sangue, mas essa história é um segredo bem guardado. Casada com Virgílio (Osmar Prado), a mãe tenta proteger o filho das maldades do padrasto e se culpa por não dar uma vida melhor ao garoto. Ela só deseja que Virgílio pare de explorar o dom de Carlos (Caio Manhente), que consegue acalmar qualquer animal somente com o olhar. Algoz, ele não tem dó e joga a criança dentro de jaulas com leões e tigres nos picadeiros dos circos que passam pela cidade. Carlos se vê sem saída e mostra a todos os presentes seus poderes especiais. O garoto fica assim conhecido como “o pequeno domador de feras”. É uma cena assustadora para qualquer um que vê e quem mais sofre com isso é Angélica e seu frágil coração.
Ao perceber que pode faturar muito mais se for embora com uma das lonas que passam por Arraial de Fora, Virgílio decide ir e levar o pequeno. Angélica, em um ato desesperado, tenta impedir a partida e discute com o marido. Porém, desta vez seu coração não resiste. Angélica (Denise Weinberg) jurou cuidar de Carlos/Rodrigo da melhor maneira que poderia, e assim o faz, até seu último suspiro. A dedicada mãe morre tentando salvar seu filho, a quem sempre tratou como legítimo e a quem dedicou todo seu amor.
No outro canto da cidade Carlos está a caminho de casa, com um sorriso no rosto e gritando alegre por sua mãe. Quer contar a boa nova! Ele ama Elisa! Porém, ao chegar, dá de cara com uma cena terrível. Sua mãe desacordada e Virgílio (Osmar Prado) fazendo as malas. Ele entende na hora o que houve e, com violência, foge afirmando que nunca mais Virgílio vai vê-lo! Nunca. O padrasto tenta correr atrás da sua mina de ouro, mas ele é mais esperto e o deixa para trás. Carlos (Caio Manhente) corre para os braços de sua melhor amiga Elisa. Despede-se e jura voltar para buscá-la. “Vou casar só com você!”, afirma o menino com firmeza nos olhos.
Tão longe, tão perto
Já na beira da estrada, sozinho e sem rumo, Carlos se enfia no caminhão de Xavier (Chico Diaz). O caminhoneiro se espanta ao descobri-lo escondido na caçamba de seu veículo. Diz que vai entregá-lo para a polícia, e então o garoto escapa para o matagal próximo de onde eles estão. Neste terreno baldio, ao ver um cão bravo se aproximar de Xavier, Carlos se interpõe e impede o ataque usando somente a força de seu olhar. O caminhoneiro se assombra com tanta coragem e, em agradecimento, decide levá-lo para o Norte do país, na Ilha de Marajó, no estado do Pará, para viver junto à sua família, como seu filho.
O aroma suave de Verbena...
Verbena (Ana Lúcia Torre) é forte e nem por isso deixa de ser doce e calma. Por muitas vezes precisa lidar com uma montanha russa de emoções. Basta uma ligação para que seu coração se encha de esperanças por notícias de Rodrigo. Entretanto, até agora, só chegaram avalanches de decepção: nenhum deles era seu filho amado. Ela sabe que ele está em algum lugar e pode sentir que seu filho está bem. Mas onde? Quem o levou de perto dela? Por quê? Perguntas como essas ecoam todos os dias em seu coração; todavia, ela consegue reverter essa dor em pura esperança. E é esse sentimento que a impulsiona.
Verbena compartilha sua emoção com diversas outras mães que vivem na expectativa de rever novamente seus filhos. Ela criou a Central das Crianças Desaparecidas, uma ONG que funciona dentro da Construtora Prado Borges, empresa que Verbena herdou depois da morte de seu marido Augusto (Reginaldo Faria). A organização trabalha ativamente nas buscas por esses garotos e garotas que desaparecem sem deixar rastros.
Sempre ao lado de Verbena, sua irmã Melissa (Cassia Kis Magro) finge uma dedicação desinteressada e oferece o amor de seu filho Fernando (Carmo Dalla Vecchia), pouco mais novo que Rodrigo, na tentativa de amenizar a dor da família. Essa é só mais uma das ações dissimuladas da perigosa Melissa, que faz questão de lembrar a tragédia de Verbena todos os dias na esperança de que ela esqueça as buscas por Rodrigo e entregue sua fortuna nas mãos de Fernando, o único herdeiro dos Borges.
... E o amargo de Melissa
Melissa tem certeza de que não teve a “grande sorte” de Verbena. Ela se ressente por Augusto (Reginaldo Faria) ter escolhido a “sem sal” da Verbena e não ela! Acabou se casando com Dimas (Luis Melo) que, indiferente a tudo, segue sua vida sendo um pai medíocre para Fernando e um marido submisso para Melissa. Enquanto isso, Verbena teve um casamento feliz com um homem milionário, companheiro e amoroso. A inveja é tão grande que Melissa se mostra uma víbora que, por trás, se indigna com a esperança e dedicação de sua irmã em busca de seu filho, mas, diante  dela, se mostra altruísta.
Melissa engravidou assim que soube do sumiço do sobrinho. Ela contava que seu filho pudesse tomasse o lugar de Rodrigo no coração de sua irmã e, principalmente, na fortuna dos Borges. Mas, para seu desespero, Verbena não é mulher de se deixar abater facilmente. Ama o sobrinho Fernando (Carmo Dalla Vecchia), mas não desiste das buscas por Rodrigo (Gabriel Braga Nunes)! Ela sabe que verá seu filho novamente.
A terceira família
Carlos (Gabriel Braga Nunes) chega ainda criança na Ilha de Marajó, cresce perto da natureza, fazendas e criações de animais e se transforma em um respeitado peão, mais conhecido como Barão, pelo seu jeito impávido de ser e por ter muitos livros na cabana pobre onde mora, hábito que trouxe da infância ao lado de Angélica (Denise Weinberg). E, de sua infância em Minas Gerais, ficou a remota memória de uma pequena cidade que o tempo apagou, os maus tratos nas mãos de Virgílio (Osmar Prado) e a pureza do amor que sentia por Elisa (Júlia Gomes). Mas ele não consegue se lembrar de mais nada. Uma inquietação toma seu coração. É a curiosidade sobre seu próprio passado! Carlos olha para o céu em busca de respostas. Só elas, as estrelas, as mesmas que brilhavam quando ele era criança, sabem de toda sua angústia e são suas fiéis companheiras. Nos confins da Vila dos Milagres, Carlos (Gabriel Braga Nunes) cresce ao lado da família de Xavier (Chico Diaz) e torna-se um homem rude, porém sensível.
Naturalmente, Carlos se sente mais à vontade em meio aos animais. Com seu dom cada vez mais desenvolvido, fica clara sua personalidade arredia. O Barão não é muito de falar, mas tem um bom relacionamento com os de casa. Quando Xavier (Chico Diaz) o levou para viver sua vida, seus filhos Tobias (Erom Cordeiro) e Gracinha (Daniela Fontan), logo se tornaram verdadeiros irmãos para o forasteiro. O peão Josué (Raphael Viana) também é seu amigo e companheiro. Os peões trabalham em uma fazenda de búfalos em Vila dos Milagres, no interior da Ilha de Marajó.
O perfume da Dama-da-noite
A realidade da pequena Vila dos Milagres, cidadezinha fictícia da Ilha de Marajó é bem diferente das cidades grandes do Brasil. Lá não há nem televisão e são poucos os recursos modernos como o telefone e a luz elétrica. E, em um lugar tão pequeno, Carlos chama atenção. Sempre foi diferente dos demais, sempre teve alguma espécie de luz. E mesmo com um jeito caladão, conquistou o coração de uma das jovens mais cobiçadas da Ilha, Valéria (Andréia Horta). Ela é filha de Carmem (Vera Mancini) e Zé da Carmem (Pedro Paulo Rangel), donos do único estabelecimento comercial do local, e assim sendo, são uma espécie de autoridade da Vila dos Milagres. São eles que abrigam na venda uma famosa roda de lundu, dança sensual e contagiante, típica da região. A birosca é o grande encontro de todos os visitantes e moradores.
As noites quentes do Pará são combustíveis para Valéria que, apesar de saber das juras de amor de Carlos (Gabriel Braga Nunes) com “a tal” da Elisa (Mayana Neiva), tenta domar o coração desse peão. A moça não dá ouvidos para o que os outros falam e mesmo contra a vontade de sua mãe Carmem (Vera Mancini), vive atrás dele. Uma de suas mais poderosas armas é um perfume com cheiro inebriante da flor dama-da-noite. Contudo, Carlos deixa bem claro que vai se casar mesmo é com Elisa!
E o perfume de Valéria mira, mas acerta outro peão. É Josué (Raphael Viana) que se apaixona por ela e sofre por saber que a garota espevitada almeja seu amigo Carlos (Gabriel Braga Nunes). Ele ambiciona laçar o coração dessa mulher.
A missão e seu anjo da guarda
O tempo passa e, no Rio de Janeiro, Verbena (Ana Lúcia Torre) descobre estar com uma doença incurável e condenada a pouco tempo de vida. Mas Verbena encara o momento como o impulso crucial para terminar sua última missão em vida: encontrar seu filho sumido há quase 30 anos. E se, em quase todas as ocasiões a ajuda dos anjos é sempre bem-vinda, nesse caso é um pedido com muita convicção e prontamente atendido. É então que Miriam (Letícia Persiles) entra na vida de Verbena. Essa jornalista destemida, filha de seu amigo e médico Gabriel Allende (Felipe Camargo), chega para, com o auxílio da tecnologia, contratar um retrato de Rodrigo atualizado para os dias de hoje. Assim, Verbena toma coragem e faz um apelo em todas as emissoras de televisão em rede nacional.
O acaso não é por acaso
No norte do Brasil, Carlos (Gabriel Braga Nunes) está na venda de Carmem e Zé da Carmem (Pedro Paulo Rangel), onde estão todos reunidos à frente do primeiro televisor recém-chegado na Vila. O peão é imediatamente atraído pela imagem e pelas palavras dessa mulher. Ele não consegue explicar o que sente, mas fica atormentado pelo que viu. Dias depois, seu irmão Tobias (Erom Cordeiro) vê no jornal que chegou de Belém o retrato de como Rodrigo Borges estaria hoje em dia e logo percebe que a história, as características físicas e principalmente o dom que a mãe jura que seu filho tem é a mais perfeita descrição de Carlos (Gabriel Braga Nunes).
Intrigado com as coincidências, Tobias (Erom Cordeiro) leva o jornal até a cabana de Carlos (Gabriel Braga Nunes) e pergunta para ele sobre seu passado. O peão desmonta a teoria do irmão ao dizer que a única certeza que tem sobre seu passado é que sua mãe se chamava Angélica (Denise Weinberg). Apesar da explicação, Tobias não se convence e aproveita a próxima viagem a Belém para procurar o repórter que escreveu a matéria no jornal. Pedro Fonseca (André Gonçalves), do jornal Estrela do Pará, recebe Tobias e intui que Carlos é Rodrigo Borges. O repórter se empolga com o furo de reportagem e se entrega à busca do herdeiro da Construtora Prado Borges. Para provar a ideia de Tobias, os dois vão até a Vila dos Milagres para que o jornalista veja com seus próprios olhos o peão. Tobias alerta Pedro: Carlos (Gabriel Braga Nunes) não pode nem desconfiar das intenções deles ou se aborrecerá imensamente.
A presença do inimigo
Logo ao ver Carlos (Gabriel Braga Nunes), Pedro (André Gonçalves) não tem dúvidas de que ele é Rodrigo Borges. Ao tentar se aproximar e tirar uma foto do peão é flagrado e expulso da fazenda. O jornalista volta para Belém e tenta entrar em contato com a mãe de Rodrigo, mas não consegue, pois quem atende a ligação é Dimas (Luis Melo) que despista o jornalista dando falsas informações. Porém Priscila (Laila Zaid), amiga de Miriam (Letícia Persiles), intercepta a ligação sem que seu chefe perceba e conta em segredo para Miriam que um repórter de Belém afirma ter encontrado o filho de Verbena (Ana Lúcia Torre) em Vila dos Milagres, povoado na Ilha de Marajó, no Pará.
Miriam (Letícia Persiles) enfrenta até seu noivo Fernando (Carmo Dalla Vecchia), que tenta impedi-la de viajar em busca da verdade sobre Rodrigo. Fernando parece prever que Carlos será uma pedra em seu sapato. Não só é quem pode roubar todas as esperanças dele se tornar o milionário herdeiro da família Borges, como pode roubar a mulher da sua vida! Fernando é obcecado por Miriam e não suporta a ideia da noiva longe dele. Ele não consegue conviver com a possibilidade de dúvidas nesse amor. Mas a jornalista não é de se curvar e, mesmo amando Fernando, preza muito sua liberdade. Parte para Belém, onde acredita que vá encontrar o filho de Verbena (Ana Lúcia Torre).
Um olhar arrebatador, um encontro, um beijo
Ao chegar em Vila dos Milagres, Miriam (Letícia Persiles) conquista a confiança de Carlos (Gabriel Braga Nunes) e se aproxima do peão sem que ele perceba seu real interesse. É quando os olhares se cruzam pela primeira vez. Os dois sentem algo avassalador, uma sensação única toma o corpo de um e de outro. A forte atração, a princípio, não tem nenhuma explicação. Miriam fica abalada com o que sente e Carlos é tomado por um sentimento nunca antes experimentado.
Em um dia que parece ter saído de seus sonhos, Carlos e Miriam cavalgam pela pequena Vila dos Milagres. Os dois são envolvidos por um clima mágico e a aproximação é inevitável. Carlos toma a forasteira em seus braços, ainda sem entender bem o que o fascina, e a beija sob a noite.
Troca justa
O beijo é interrompido por Josué (Raphael Viana) e Carlos e Miriam não comentam mais esse momento. Dias depois, a jornalista resolve dizer o real motivo de sua estada no Pará. Conta a Carlos que existe uma pessoa à sua procura, sua suposta mãe biológica. Ele se enerva e se nega a sair de Marajó atrás de uma vida que não é a dele. Miriam consegue que ele pense sobre a proposta, depois de dizer que sua provável mãe está nos últimos dias de vida e de lhe propor um acordo tentador: se ele for ao encontro de Verbena (Ana Lúcia Torre), ela o ajudará a encontrar Elisa (Mayana Neiva).
A luta do bem contra o mal
No dia a dia na mansão dos Borges, Verbena (Ana Lúcia Torre) enfrenta a resistência de sua irmã Melissa (Cassia Kis Magro), do cunhado Dimas (Luis Melo) e do sobrinho Fernando (Carmo Dalla Vecchia), que fazem de tudo para tirar de sua cabeça a ideia de reencontrar o filho Rodrigo (Gabriel Braga Nunes). Ao seu lado, somente seus fiéis escudeiros, a governanta Teresa (Rosi Campos), os cozinheiros Antonio (Tony Tornado) e Deolinda (Nica Bomfim) apoiam as buscas da patroa. Fora de casa, seu advogado Kléber (Marcelo Faria) e seu médico Gabriel Allende (Felipe Camargo) também ajudam na força-tarefa para encontrar o garoto.
Outra ajuda do bem é a de Clara (Klara Castanho), irmã de Miriam (Letícia Persiles), uma criança especial que usa seus dons, sonhos e visões para auxiliar na busca desesperada de Verbena. E, por sua vez, Clara é iluminada pela visão de Lexor (Othon Bastos), um espírito de luz. Lexor apoia a procura do herdeiro dos Borges ao lado da presença espiritual de Augusto (Reginaldo Faria), pai de Rodrigo, que morreu sem encontrá-lo. A sensibilidade de Clara é bem aguçada, o que a faz perceber facilmente que as intenções de Melissa (Cassia Kis Magro), Dimas (Luis Melo) e Fernando (Carmo Dalla Vecchia) não são nada boas. E isso causa uma guerra fria entre os Borges do mal e Clara, uma menina iluminada.
Quem muito quer...
Melissa (Cassia Kis Magro), Dimas (Luis Melo) e Fernando (Carmo Dalla Vecchia) são os primeiros a acusar Verbena (Ana Lúcia Torre) de estar fora de seu juízo normal. Uma conspiração é armada pela família para tentar desacreditar Verbena. E a teoria mais forte é que, afinal de contas, após quase 30 anos, Rodrigo (Gabriel Braga Nunes) não esteja mais vivo. Com uma confiança inabalável, Verbena segue sem dar ouvidos a tanta intriga. As más intenções da família são colocadas abaixo quando Miriam (Letícia Persiles) telefona de Marajó para dar a notícia de que Rodrigo foi encontrado.
Fernando (Carmo Dalla Vecchia), noivo de Miriam, parte para tentar impedir que o verdadeiro herdeiro dos Borges tome seu lugar. Além disso, Fernando está contrariado pois Miriam o enfrentou e foi para Vila dos Milagres provocando mais uma de suas crises de ciúmes. Mal sabe ele que quem ele julga ser o maior rival pela fortuna dos Borges é também seu maior adversário no amor. Fernando vai tentar, com todas as forças, impedir a aproximação de Miriam e Carlos sem saber que talvez já seja tarde demais...
Amor por você, por seus amigos e até inimigos
Miriam (Letícia Persiles) trabalha na redação da revista feminina ‘Cena Contemporânea’, celeiro de muitas e divertidas situações. O dono da editora, Henrique Petrini (Murilo Grossi) contratou a filha Juliana (Marina Ruy Barbosa) para estagiar por lá, mas com uma séria promessa: a jovem não terá nenhuma regalia por ser filha do chefe. Para garantir que seu desejo seja cumprido, ele tem a ajuda da editora Laura Belize (Giulia Gam), do editor de moda Gil Menezes (Otávio Martins) e dos repórteres Débora (Paula Barbosa) e Beto (Bernardo Marinho), mas tudo com muito bom humor e trapalhadas.
Outros que irão protagonizar momentos cômicos na trama são os moradores do ‘edifício São Jorge’, um verdadeiro “balança-mas-não-cai”. O prédio foi cedido por Verbena (Ana Lúcia Torres) para os moradores que moram sem pagar aluguel para desespero de Dimas (Luis Melo) e Fernando (Carmo Dalla Vecchia). Eles não veem a hora de expulsar todos de lá para construir um empreendimento nessa região tão valorizada. O prédio é comandado pela síndica Deolinda (Nica Bomfim) que se divide entre os afazeres do cargo e o trabalho na casa de Melissa (Cassia Kis Magro). Para administrar os problemas ela conta com a ajuda do porteiro faz-tudo Jair (Lincoln Tornado). Ribamar (Nuno Leal Maia) vive reclamando que a rotina de padeiro e o barulho que as crianças fazem não o deixam dormir. Dona Olga (Camila Amado) é uma hipocondríaca que sempre acha que está doente e coloca a culpa no condomínio. Gilda (Flávia Garrafa), Mauro (Gilberto Torres) e Julinho (Igor Cosso) também dividem a vida com os vizinhos. Teresa (Rosi Campos) também mora no ‘edifício São Jorge’. Junto com a filha Marlene (Hermylla Guedes) ela luta para que a neta Laís (Jéssica Alves) não siga o caminho delas e continue estudando ao invés de passar todo o tempo em uma lan house.
Um casal que vai dar o que falar é a exuberante Jáqui (Suzy Rêgo) e seu marido Kléber (Marcelo Faria), que trabalha como advogado da Construtora Prado Borges. Jáqui não consegue esconder que morre de ciúmes de Kléber, anos mais novo que ela. E, bem por isso, vive se cuidando e gastando em tratamentos estéticos de última geração. Sempre desconfiada, ela dá incertas no trabalho na tentativa de descobrir um romance extraconjugal. Filhos do primeiro casamento de Jáqui, os jovens Tatiana (Adelaide de Castro) e Bruno (Miguel Rômulo) são o contrário da mãe, e não apoiam em nada as crises de insegurança.
Os opostos se distraem
E por falar em opostos, Gabriel Allende (Felipe Camargo), médico e amigo confidente de Verbena Borges (Ana Lúcia Torre), vive dividido entre a atração que sente por Beatriz (Carolina Kasting) e o ceticismo que o impede de se envolver com ela. A médica é especializada em terapia de regressão a vidas passadas, ramo da medicina que Gabriel duvida existir. Além disso, os dois têm temperamentos e ideias conflitantes. Beatriz e Gabriel ainda vivem o dilema dos filhos: Miriam (Letícia Persiles) e Clara (Klara Castanho) aceitam o romance do pai, mas Gabi (Olívia Torres) não pode nem pensar nisso! Já do lado de Beatriz, seus filhos Cris (Mariana Molina), João (Luis Augusto Formal) e seu pai, Seu Francisco (Carlos Vereza), ainda não superaram a separação de Beatriz com o pai de seus filhos.
Crianças do novo milênio
Rodrigo (Gabriel Braga Nunes) nasceu na década de 1970, já Clara (Klara Castanho) foi concebida nos anos 2000. Os dois são exemplos de pessoas com dons especiais, seres humanos sensíveis e poderosos, cada um à sua maneira.
Há a crença que surge a partir da década de 1970, que as gerações viriam para anunciar novos tempos para humanidade. Este é um tema que tem sido estudado não só por universidades e centros de pesquisa no mundo todo, como por pessoas ligadas à espiritualidade que veem nessas crianças "sementes de luz" que estão nascendo para ajudar a humanidade a evoluir espiritualmente. É a geração Y, crianças Índigo (por conta de sua aura azul), seres questionadores, contestadores, corajosos, prontos para assumir a liderança de um novo mundo. Capazes de fazer atividades simultâneas como ler, ouvir música, escrever e ver televisão, essas crianças cresceram em uma era na qual a tecnologia se desenvolvia cada vez mais rápido. São adultos entre 20 e 40 anos, que agora estão prestes a assumir o comando. Pessoas que valorizam as outras, que acreditam que a grande saída é distribuir os lucros e incentivar a qualidade de vida.
A partir do ano 2000, acredita-se que as crianças Cristal (re) nasceram intituladas de geração Z. Seres de luz, introspectivos, sensíveis e iluministas. Pessoas que vieram com o propósito de ajudar uma evolução cíclica e poderosa. É uma geração que chega para impulsionar o mundo para uma mudança ainda maior, um tempo de transição de consciência da era contemporânea. Uma crença que ainda é estudada e, muitas vezes, comprovada pela fé de quem acredita em vida após a morte.
Uma história que começa em Minas Gerais e no Pará
As gravações de ‘Amor Eterno Amor’ começaram em Carrancas, interior de Minas Gerais. Os ambientes escolhidos como locações não passaram por grandes modificações para preservar as características originais. ‘O trabalho em Carrancas se limitou a pequenas intervenções. Muitas das características originais da cidade foram preservadas para explorar o visual e a atmosfera do local sem muitas alterações’, contam os cenógrafos Anne Bourgeois e Fabio Gomes.
“Já na Ilha de Marajó o desafio veio depois: reproduzir algumas das locações, como a venda da Carmem (Vera Mancini) e a cabana do Carlos (Gabriel Braga Nunes)”, contam Anne Bourgeois e Fabio Gomes. André Soeiro, produtor de arte, explica que o trabalho em conjunto começou antes mesmo do início das gravações. Houve uma pré-visita para a escolha das locações e pesquisas. “A escolha foi bem difícil mas acabamos optando por gravar nas cidades de Alter-do-Chão e Soure. Lá encontramos paisagens deslumbrantes como igarapés, seringais, praias fluviais e lagoas por onde nossos personagens passam. Lá tivemos a oportunidade de gravar com uma manada de 600 búfalos soltos em um campo alagado”, comenta.
“O universo dos primeiros capítulos se passa na Ilha de Marajó. Falamos sobre o lugar dando uma oportunidade muito grande de mostrarmos também a beleza e a cultura dessa região do Brasil. Essa é a primeira vez que uma novela se passa no Pará. Gravamos cenas dos 18 primeiros capítulos”, diz o diretor Rogério Gomes. As viagens mobilizaram uma equipe com cerca 100 profissionais entre diretores, assistentes, produção e atores. A equipe despachou uma tonelada e meia de equipamentos para os mais de vinte dias de gravação no Pará. Só o figurino foi responsável por despachar 24 malas com mais de meia tonelada de roupas usadas por Miriam (Letícia Persiles), Carlos (Gabriel Braga Nunes), Valéria (Andréia Horta), Fernando (Carmo Dalla Vecchia), Pedro (André Gonçalves), Jacira (Carol Castro), Gracinha (Daniela Fontan), Josué (Raphael Viana), Tobias (Erom Cordeiro), Carmem (Vera Mancini) e Zé da Carmem (Pedro Paulo Rangel).
Viaje com a cenografia e a produção de arte
Os cenógrafos Anne Bourgeois e Fabio Gomes, parceiros da autora desde ‘Escrito nas Estrelas’, contam que “o ponto de partida é uma sintonia bem afinada entre os cenários, personagens e a trama”. A modernidade tem lugar importante na novela e está presente até mesmo nos cenários mais tradicionais, como na mansão de Verbena Borges (Ana Lúcia Torre) com objetos contemporâneos. Estão retratadas também características típicas do interior de Minas Gerais e do Pará, locais por onde o protagonista passa durante sua vida. “Em ‘Amor Eterno Amor’, tudo é detalhado. O cenário da venda de Carmem (Vera Mancini) e da cabana do Carlos (Gabriel Braga Nunes) foi pensado para ser exatamente como são nas pequenas vilas de Marajó”, conta André Soeiro, produtor de arte.
O circo chegou!
Um verdadeiro circo, típico de interior, foi armado em duas etapas, na Central Globo de Produção e em locação externa, tudo para gravar as cenas nas quais Carlos se apresenta no picadeiro. A estrutura de 330 m² foi coberta por uma lona confeccionada pelo ateliê de costura da Rede Globo e a arquibancada comporta um público de até 300 pessoas. Além disso, o trabalho da produção de arte foi minucioso. O objetivo é transportar o público para um espetáculo com direito a palhaços, malabaristas e o menino domador de feras - como Carlos (Caio Manhente) é conhecido na infância passada no interior de Minas Gerais. Estruturas metálicas, trapézios, carrinho de pipoca e outros objetos cênicos foram especialmente conceituados para passar a imagem de circo ultrapassado, puído e enferrujado, mas que é a grande atração do povoado.
Cidades cenográficas
Há duas cidades cenográficas construídas na Central Globo de Produção, em Jacarepaguá. Na primeira delas foi erguido o ‘edifício São Jorge’ com mil e duzentos metros quadrados espalhados por três andares com corredores voltados para uma área de convivência comum. O prédio é lar de Deolinda (Nica Bomfim), Jair (Lincoln Tornado), Ribamar (Nuno Leal Maia), Dona Olga (Camila Amado), Uilha (Jose Bitencourt), Gilda (Flávia Garrafa), Julinho (Igor Cosso) e Mauro (Gilberto Torres) – moradores que vivem uma vida em comum com todas as agruras de dividir todos os passos do dia a dia. O edifício também receberá os personagens de Vila dos Milagres que virão para o Rio e lá será montado, por esses personagens, um ponto de encontro para que as pessoas do Norte matem a saudade da comida, das danças e costumes.
A outra cidade abriga dois importantes cenários: a venda da Carmem (Vera Mancini) e a cabana do Carlos (Gabriel Braga Nunes). Os projetos recriam fielmente os ambientes da Ilha de Marajó com construções de palafitas de madeira, redes e decoração típica da região espalhados por quatro mil e quatrocentos metros quadrados. “Vimos muitos lugares lá como referência onde, especialmente para a venda, tudo fica exposto. Como aquele é o comércio mais próximo, ele tem que vender uma variedade imensa de produtos e acabamos encontrando situações engraçadas como uma linguiça defumada do lado de uma tampa de banheiro.”, diz André Soeiro, produtor de arte.
No estúdio
Estão sendo produzidos 45 cenários por onde os personagens de todos os núcleos circularão ao longo da trama. Destaque para a mansão de Verbena (Ana Lúcia Torre) e a redação da revista ‘Cena Contemporânea’, onde Miriam (Letícia Persiles) vai trabalhar. São os mais ricos em detalhes como grandes lustres, muitas peças de decoração sóbria. O apuro nas formas está presente com diferentes propostas. “Há design mais popular nos núcleos mais simples com objetos mais coloridos e design mais sofisticado com peças mais elaboradas nas residências e no escritório da revista”, fala a cenógrafa Anne Bourgeois.
Para decorar e ambientar a redação da revista feminina ‘Cena Contemporânea’ com mais proximidade do universo de jornalismo, a equipe de produção de arte visitou inúmeras redações do mercado. O desafio foi torná-la crível e, para isso, foram criadas baias com computadores e cenografadas com blocos, canetas e outros objetos típicos de uma redação. Projetados pela cenografia e com a vivência trazida pela produção de arte, esses cenários contam a funcionalidade presente no dia a dia dessas redações. Criada a marca, foram produzidas capas fictícias da revista que foram utilizadas como decoração em uma das paredes da redação.
Treinamentos e vivências
Muitas vezes é preciso que atores e atrizes passem por experiências ou aprendam ofícios que os aproximem do universo específico de seus personagens. Para isso, eles contam com os laboratórios e workshops preparados pela produção de arte da novela. Em ‘Amor Eterno Amor’, o maior desafio ficou por conta das aulas de montaria e de lundu, conhecimentos essenciais para as gravações no Pará.
Como muitos personagens são moradores da ilha de Marajó como Andréia Horta, a jovem Valéria, o ator Erom Cordeiro, que vive o peão Tobias e Raphael Viana, que vive o peão Tobias, foram precisas aulas de montaria para que eles aprendessem a utilizar um dos meios de trabalho e transporte mais comuns na ilha. O lundu, ritmo típico da região também foi ensinado para os atores como Andréia Horta, Erom Cordeiro, Raphael Viana, Daniela Fontan, Carol Castro e Letícia Persiles para as cenas gravadas com uma grande roda da dança.
Figurino, caracterização, gravando!
Em ‘Amor Eterno Amor’, quando os assuntos são caracterização e figurino, a palavra-chave é elegância, presente na simplicidade e na ousadia das composições. Em parceria, Valéria Toth, que assina a caracterização, e Natália Duran, a figurinista da novela, têm papel fundamental na materialização dos personagens que povoam a imaginação da autora.
Valéria Toth ressalta que os esmaltes, na moda atual, terão atenção especial para ajudar a compor os looks. “Hoje em dia não dá para criar um visual sem pensar nos esmaltes. Eles são parte importante da caracterização. É importante adequar o figurino, a atriz e o esmalte, criando composições harmônicas e práticas. Vamos ter algumas transformações pois a novela começa nos anos 90 e depois se passa nos dias atuais, o que exige muito da caracterização”, revela Toth.
Natália Duran também faz as suas apostas. Com base nos perfis dos personagens e em tendências de moda, a figurinista investiu em saias longas, anabelas de salto alto, óculos de sol com armação redonda e shamballas, pulseiras coloridas. Um mosaico com cores, tecidos e texturas foi montado para chegar a uma identidade clara e única, capaz de representar as palavras da autora na forma dos figurinos.
“Depois das primeiras conversas com o diretor e os autores, vêm as provas de roupa, uma etapa importantíssima do projeto. É neste momento que testamos as propostas que nasceram após um longa pesquisa de referências em revistas, sites de moda, filmes. Durante essas experimentações, a equipe, junto com a direção, avalia a evolução do trabalho e o que está compondo com o personagem”, conta Natália Duran.
Logo nos primeiros capítulos, onde grande parte dos acontecimentos se concentra na Ilha de Marajó, é quando o público conhecerá personagens como Valéria (Andréia Horta) e Jacira (Carol Castro). “Valéria é uma personagem muito popular. Sinônimo de mulher brasileira usará muito shortinho, tops, barriga de fora, estampados e floridos. É um figurino bem sensual e que exprime a segurança da personagem. É uma pin-up brasileira, com toques divertidos. Já Jacira usará muitas rendas, tricô, crochê, tecidos e texturas mais naturais, tudo para valorizar os colares de contas e sementes coloridas que ela faz”, explica Natália.
Quando estiver em Marajó, a protagonista Miriam (Letícia Persiles) vai usar peças mais claras. Miriam, como é uma mulher muito ligada ao universo da comunicação, leva referências e tendências de moda para as roupas. Seu armário é composto por saias longas, peças garimpadas em brechós, peças modernas, tudo com muito estilo e personalidade. Esta jovem mulher preza por peças versáteis mas sem perder a doçura e a feminilidade. “Miriam foi nosso figurino mais autoral, ela nasceu das leituras da sinopse e de conversas com autora e diretor. Foi o casamento perfeito entre a composição da personagem com as características da Letícia Persiles”, define Natália Duran. A composição das jóias e bijuterias é com muitas pulseiras shamballas coloridas e colar com pedrinhas pequenas. Outro detalhe marcante do figurino são as espadrilhas de corda e bolsas grandes em couro cru, que traduz a praticidade que a profissão dela pede. Logo o estilo é uma mistura de contemporâneo com esotérico chique e elegante. O jeito dela também está traduzido no corte de cabelo curto e na palheta de maquiagem em tons neutros.
Melissa (Cassia Kiss Magro), grande vilã da trama, é sinônimo de ousadia e sofisticação. Muito segura de si, ela usa o que tem vontade e isso vale para cores, texturas, estampas e modelos distintos. Ela é o tipo de mulher que se veste de acordo com cada situação que ela quer criar. Vai abusar de brilhos de dia, estampas coloridas, saltos altíssimos, acessórios gigantes. “A ação do texto vai determinar qual vai ser o figurino do dia. Ela pode sair toda brilhosa em um dia e no outro toda de cinza. É uma personagem com uma vaidade perversa”, diz Natália Duran.
A toda poderosa Verbena (Ana Lúcia Torre) é clássica. “Eu pensei em fazer mulher bem leve, maternal, com roupas longas, confortáveis, em tons bem neutros como branco e cinza claro. Vamos usar também colares de cristal e joias de design”, explica Natália Duran. Por fazer parte de um núcleo que se preocupa com a sustentabilidade, Verbena tem poucas peças e não é nada perua, investe em peças sóbrias, confortáveis e com um forte traço orgânico. Os fios brancos assumidos, são feitos, obviamente, com muito estilo.
A moda estará representada em ‘Amor Eterno Amor’ na personagem Juliana (Marina Ruy Barbosa), uma jovem bem antenada. Ela investe em peças compradas em brechós e nas que são tendência, é sexy pela ousadia como usa as roupas. Como o pai é dono de uma das maiores revistas do país, a proximidade com este universo inspirou a escolha de seu estilo descolado. Juliana aposta na maquiagem bem colorida e moderna, simplicidade não é com ela.
Entre os personagens masculinos, Carlos (Gabriel Braga Nunes), é um homem bem simples e rústico. Por morar na Ilha de Marajó, seu figurino consiste basicamente de camisetas puídas no colarinho e calça jeans surrada. Mesmo após sua mudança para o Rio de Janeiro, ele continuará a se vestir de forma simples, despojada e sem ostentação mantendo os tons da mesma cartela de cores com cinza claro, bege claro e azul claro. Ele é um personagem que inova e, por isso, não usará gravatas no ambiente corporativo. Rodrigo só compra o que vai usar e é preocupado em só ter peças que sejam de materiais orgânicos.
Já Fernando (Carmo Dalla Vecchia) é o oposto. Metrossexual assumido, ele só pensa em roupas, em comprar cada vez mais. Muitos ternos, peças descasadas, calças brancas, camisas listradas, gravatas. Até o look que ele faz para ser despojado, fica claro que foi meticulosamente pensado. A cartela de cores é composta por tons escuros e coloridos como azuis, vinhos e laranjas.
O amor através das palavras da autora Elizabeth Jhin

Formada em Teatro pela Uni-Rio, Elizabeth Jhin foi aluna da primeira Oficina de Roteiros da TV Globo, a convite de Flávio de Campos, seu professor de História do Teatro e Dramaturgia na faculdade. Após uma trajetória de 15 anos como colaboradora de grandes autores, foi coautora de ‘Começar de Novo’, em 2004, ao lado de Antônio Calmon, e escreveu sua primeira novela, ‘Eterna Magia’, sob a supervisão de Silvio de Abreu, em 2007. Em 2010, fez sua estreia como autora principal em ‘Escrito Nas Estrelas’. Agora, esta mineira de Belo Horizonte de jeito simples e fala mansa, mãe de dois filhos, vive uma nova estreia, com ‘Amor Eterno Amor’. Nesta obra, Elizabeth conta com a participação das colaboradoras Eliane Garcia, Lilian Garcia, Denise Bandeira, Duba Elia e a estreante Renata Jhin junto com a pesquisadora Marília Garcia.

Como surgiu a ideia da novela?
Elizabeth Jhin: Li sobre garotos que ficaram anos desaparecidos e fiquei pensando no sentimento e na angústia dessas mães. Acho que o pior do sumiço é não saber o que aconteceu. Comecei a imaginar se por acaso o filho de alguma dessas mães estivesse em algum lugar sem referência, sem o mundo da comunicação por perto, sem saber que alguém busca por ele.

De que maneira você pretende abordar a espiritualidade na trama?
Elizabeth Jhin: Procuro colocar nas minhas novelas um tipo de espiritualidade alegre, solar e luminosa. Acredito que em ‘Amor Eterno Amor’, a mensagem que fica é a da esperança que a vida continua.

Qual foi sua inspiração para criar os personagens da trama?
Elizabeth Jhin: Minhas maiores inspirações vêm da imaginação, da leitura e do ambiente ao meu redor. Por exemplo, na construção do Carlos/Rodrigo (Gabriel Braga Nunes), eu tinha acabado de assistir a um filme e aquele tipo de homem rude, que gosta de falar a verdade, mora longe de tudo e depois sofre um choque ao vir para a cidade grande me inspirou.

Vai haver uma passagem de tempo?
Elizabeth Jhin: A novela vai mostrar o Rodrigo (Gabriel Braga Nunes) com nove anos e hoje em dia, trinta anos depois, na Ilha de Marajó. Temos duas grandes viradas: a primeira quando ele se muda para o Rio de Janeiro e a outra quando ele reencontra Elisa (Mayana Neiva).

É a primeira vez que Ilha de Marajó será cenário para uma novela. Como foi a escolha para a locação?
Elizabeth Jhin: É a primeira novela a ser filmada na Ilha de Marajó. É uma homenagem à minha mãe que era de Belém e sempre falava muito daquela região. Procuramos um lugar no Pará que fosse bem rústico, sem energia elétrica, bem isolado do mundo e chegamos a Marajó. Quando vi o lugar decidi que era ali. É também uma maneira de levar as pessoas a conhecerem uma parte do país pouco explorada.

Na novela, serão retratadas crianças com dons especiais. Como você mostrará isso?
Elizabeth Jhin: Clara (Klara Castanho) e Rodrigo (Gabriel Braga Nunes) são crianças com dons especiais, que transmitem uma energia de mudança, transformação e renovação. Elas vão simbolizar uma busca de renovação de valores. Várias crianças e jovens na novela terão essa energia.

Os vilões são parte importante da trama. Muitas vezes temos o anti-herói, que é diferente do vilão. Nessa novela teremos um vilão?
Elizabeth Jhin: Teremos muitos vilões. A Melissa (Cassia Kis Magro), o Dimas (Luis Melo), o Fernando (Carmo Dalla Vecchia) e o Virgílio (Osmar Prado). Eles vão ser a engrenagem do mal que movimentará a novela. A Melissa é puramente má, mas tem uma ligação forte com o marido Dimas (Luis Melo), ambos têm a maldade aflorada. O Fernando é um vilão que age por amor, pela obsessão que sente por Miriam. O Virgílio não é a força que move, é só uma das peças.

Miriam, Valéria e Elisa disputarão o amor do Carlos/Rodrigo. Como se dará esta trama?
Elizabeth Jhin: Carlos (Gabriel Braga Nunes) deixa claro desde o começo que Valéria (Andréia Horta) não é um relacionamento sério. Para ele, Elisa é a esperança de um amor de vida inteira e a Miriam é um sentimento novo, inexplicável que muda seu destino.

Temos também vários núcleos engraçados como a revista ‘Cena Contemporânea’ e o prédio do ‘São Jorge’. Humor é fundamental nas suas novelas?
Elizabeth Jhin: Sem dúvida é importante e eu faço questão de sempre colocar para deixar as tramas leves e interessantes para o público. Eu adoro escrever cenas engraçadas. Acho que o telespectador precisa disso, tem que ter aquele momento de rir, achar graça e lembrar depois daquela cena.

Como é a parceria com o diretor Rogério Gomes?
Elizabeth Jhin: Me faltam palavras para descrever. É alegria, sorte, felicidade, privilégio, é tudo de bom. Eu amo trabalhar com ele. Ele entende, acrescenta, trocamos ideia o tempo inteiro. É um relacionamento que deu certo e queremos continuar com essa parceria.

Um passeio sob o olhar do diretor Rogério Gomes

O primeiro contato de Rogério Gomes com a TV foi aos cinco anos, quando começou a acompanhar o pai, o locutor Hilton Gomes, aos estúdios da TV Tupi. Ali nasceu sua paixão pela televisão. Em 1980, começou a trabalhar como operador de VT na TV Globo. De operador de VT a editor de imagens, foram cinco anos. Antes de começar a trabalhar com dramaturgia, Papinha, como é conhecido pela equipe, editou e dirigiu diversos clipes exibidos no ‘Fantástico’, algumas edições do ‘Hollywood Rock’ e também o primeiro ‘Rock in Rio’. A primeira novela que assinou como editor foi ‘Rainha da Sucata’, de Silvio de Abreu, em 1990. A experiência como operador de VT, montador e editor lhe deu total intimidade e agilidade no set de gravação. “Penso muito através de imagens e, como conheço os recursos que temos, visualizo a cena pronta”, conta. O passo seguinte foi dirigir a minissérie ‘O Sorriso do Lagarto’, adaptada do romance de João Ubaldo Ribeiro e, logo depois, a novela ‘Deus nos Acuda’, de Silvio de Abreu. Em 1996, foi sua estreia como diretor-geral, com a novela ‘Vira-Lata’, de Carlos Lombardi. De lá para cá, Papinha colecionou sucessos, como os recentes trabalhos ‘Sinhá Moça’, em 2006; o programa ‘Por Toda Minha Vida’ em homenagem ao cantor Leandro, em 2007; ‘Beleza Pura’, em 2008; e ‘Paraíso’, em 2009. Em 2010, assinou sua primeira direção de núcleo com a novela ‘Escrito nas Estrelas’.

Como você define sua parceria com a autora?
Rogério Gomes: Eu e a Beth (Jhin, autora) temos uma sintonia muito grande. Isso nos dá liberdade para fazermos um trabalho junto sempre compartilhando nossas ideias e nossas decisões. Eu confio muito no texto da Beth. Voltar a trabalhar com ela é um privilégio, é muito gratificante poder conviver com essa equipe.

Como será conceituada a direção de fotografia da novela?
Rogério Gomes: A novela terá uma fotografia mais cinematográfica. Vamos utilizar uma câmera que grava em alta definição e em 24 quadros que nos permitirá ter uma excepcional qualidade de imagem, com mais profundidade e maior gama de cores.
Como foram essas gravações em Belém e Ilha de Marajó?
Rogério Gomes: É o universo do protagonista da trama. Conseguimos unir a adequação da local com sua beleza. Gravamos em lugares lindos, que nos servirão muito bem para a novela. Para a equipe é muito importante vivermos e respirarmos a atmosfera do lugar do qual nós vamos falar. Isso vale para o figurino, a arte, a cenografia, a direção e os atores. Fica mais real e mais fácil de transmitirmos na tela o que é o universo daquele lugar.

Como você encara o desafio de apresentar Belém e Marajó para o Brasil?
Rogério Gomes: Falamos sobre o lugar dando uma oportunidade muito grande de mostrarmos também a beleza e a cultura dessa região do Brasil. Essa é a primeira vez que uma novela se passa no Pará. Gravamos cenas dos 18 primeiros capítulos.

A trilha é uma parte muito importante da composição da trama. Como será a trilha sonora da novela?
Rogério Gomes: Enquanto a novela estiver no Pará, vamos utilizar grupos típicos de carimbó e cantoras locais. No Rio de Janeiro, focamos a trilha em nomes da MPB e, para o protagonista, estamos procurando uma tema country bem tradicional.

A escalação do elenco certamente é um dos momentos mais importantes no processo de produção de uma novela. Como foi?
Rogério Gomes: A escalação realmente é um dos momentos mais importantes na pré-produção de uma novela. Tem que haver a adequação necessária para o personagem, uma aceitação do autor e do diretor em relação à escolha do ator. É essencial os dois se sentirem confortáveis para fazer essa parceria de escrever e dirigir, assim o ator também se sentirá bem em seu personagem. Acertando isso, acho que já temos uma ótima perspectiva pela frente.

A novela tem um núcleo jovem grande. Foi difícil escolher esses novos rostos?
Rogério Gomes: A procura por novos talentos é eterna na televisão. É importante procurar e investir em pessoas que possam nos trazer boas surpresas. Apoiamos esses novos profissionais com a estrutura necessária para que eles consigam, nesse momento inicial da jornada do ator, superar as muitas dificuldades.
Perfil dos personagens
Família Borges
Carlos/Rodrigo Borges (Caio Manhente/Gabriel Braga Nunes) – É um homem de bom caráter, forte, que no começo da trama mora na Ilha de Marajó. Desde criança consegue domar animais apenas com um olhar ou um gesto. Acredita ser filho de Angélica (Denise Weinberg) e enteado de Virgílio (Osmar Prado). Guarda na lembrança o rosto de Elisa (Mayana Neiva) quando criança, seu primeiro amor, que sonha reencontrar.
Verbena Borges (Ana Lúcia Torre) – Mulher de caráter forte, mãe de Rodrigo (Gabriel Braga Nunes). Viúva de Augusto Borges (Reginaldo Faria), muito espiritualizada, tem certeza de que o filho está vivo mesmo depois de estar desaparecido há mais de 30 anos. Ao descobrir que está doente, faz de tudo para rever seu filho.
Augusto Borges (Reginaldo Faria) – Marido apaixonado de Verbena (Ana Lúcia Torre), morre antes de reencontrar o filho Rodrigo (Gabriel Braga Nunes). Fundou a construtora Prado Borges, uma das mais poderosas e ricas do país. Junto com Lexor (Othon Bastos) ajudará Verbena em sua caminhada espiritual.
Melissa Sobral (Cassia Kis Magro) – Invejosa e mesquinha, a irmã mais nova de Verbena (Ana Lúcia Torre), sempre se ressentiu por não ter tido a “sorte” de se casar com um milionário, como a irmã. Sua maior ambição é botar a mão na herança de Verbena, já que não acredita nem por um segundo que Rodrigo (Gabriel Braga Nunes) esteja vivo e possa voltar. Ela é mãe de Fernando (Carmo Dalla Vecchia) e casada com Dimas (Luis Melo).
Dimas Sobral (Luis Melo) – Marido de Melissa (Cassia Kis Magro), de caráter fraco, também inveja a “boa vida” de Augusto (Reginaldo Faria) e Verbena (Ana Lúcia Torre). Sonha em ter tudo para si e dar uma vida de luxo para Melissa e seu filho Fernando (Carmo Dalla Vecchia).
Fernando Sobral (Carmo Dalla Vecchia) – Filho de Melissa (Cassia Kis Magro) e Dimas (Luis Melo). É o noivo apaixonado, quase obcecado, de Miriam (Letícia Persiles). Trabalha na construtora de sua tia Verbena (Ana Lúcia Torre). Sedutor, Fernando faz tudo para que a tia esqueça a ideia de reencontrar o filho Rodrigo (Gabriel Braga Nunes) para que ele não perca os privilégios de único sobrinho.
Lexor (Othon Bastos) – Espírito de luz que ajuda Clara (Klara Castanho) nas pistas do paradeiro de Rodrigo (Gabriel Braga Nunes).
Família Mansão da Gávea
Teresa (Rosi Campos) – Empregada e braço direto de Verbena (Ana Lúcia Torre). Trabalha na casa da família desde que Rodrigo (Gabriel Braga Nunes) nasceu. Nunca se perdoou por Rodrigo estar sob seus cuidados quando desapareceu na pracinha. É mãe de Marlene (Hermylla Guedes) e avó de Laís (Jéssika Alves).
Deolinda (Nica Bomfim) – Mulher simples e honesta. Divide-se entre trabalhar na casa de Melissa (Cassia Kis Magro), cuidar do  filho Uilha (Jose Bitencourt) e ser síndica do Edifício São Jorge.
Antônio (Tony Tornado) – Motorista e cozinheiro de Verbena (Ana Lúcia Torre) há anos. Homem bom, é apaixonado por Deolinda (Nica Bomfim) que não quer mais saber de homem em sua vida.
Kléber Gonçalves (Marcelo Faria) – Advogado da construtora Prado Borges, ajuda Verbena (Ana Lúcia Torre) a selecionar os muitos ‘Rodrigos’ que o procuram interessados somente na fortuna da empresária. É casado com Jáqui (Suzy Rêgo) e, por ser mais novo que a mulher, é alvo dos ciúmes dela.
Jaqueline Gonçalves, a Jáqui (Suzy Rêgo) – Casada com Kléber (Marcelo Faria), seu segundo e jovem marido, tem dois filhos adolescentes do primeiro casamento. Ciumenta, acha que todas as mulheres se interessam por Kléber. Socialite superficial, não se conforma com a chegada da meia idade e só pensa em tratamentos de beleza para se manter jovem.
Tatiana, Tati (Adelaide de Castro) – Filha de Jáqui (Suzy Rêgo) do primeiro casamento. É o oposto da mãe. Para desgosto de Jáqui, tem aversão a futilidades e não é nada vaidosa.
Bruno (Miguel Rômulo) – Filho de Jáqui (Suzy Rêgo) do primeiro casamento. Não consegue se decidir sobre o que quer para o seu futuro, deixando a mãe louca. Vive com uma câmera na mão registrando tudo que vê. Jovem, idealista e muito ético, gostaria de “salvar o mundo”, mas não sabe por onde começar.
Valdirene (Rosane Gofman) – Empregada da família de Kléber (Marcelo Faria) e Jáqui (Suzy Rêgo). Mulher disposta, afetuosa, alegre.
Famílias que se atraem
Gabriel Allende (Felipe Camargo) – Médico e amigo de Verbena (Ana Lúcia Torre). Pai de Miriam (Letícia Persiles), Gabi (Olívia Torres) e Clara (Klara Castanho). Seu hobby é a astronomia e, apesar de ser fascinado pelas estrelas, é totalmente cético para questões ligadas à espiritualidade. Viúvo, ele tem uma queda forte por Beatriz (Carolina Kasting), terapeuta de vidas passadas que tem consultório ao lado do dele.
Miriam Allende (Letícia Persiles) – Jovem e idealista jornalista, ela trabalha em uma revista feminina no Rio de Janeiro. Está de casamento marcado com Fernando (Carmo Dalla Vecchia), sobrinho de Verbena Borges (Ana Lúcia Torre). Equilibra-se entre o noivo ciumento e o que deseja para sua vida. É através de suas pesquisas que recebe pistas sobre o paradeiro de Rodrigo (Gabriel Braga Nunes). Ao encontrá-lo na Ilha de Marajó sentirá uma forte e inexplicável atração.
Clara Allende (Klara Castanho) – Filha caçula de Gabriel (Felipe Camargo), criança excepcionalmente inteligente, sensível. Possui dons ligados à espiritualidade e com suas pistas ajudará Verbena (Ana Lúcia Torre) a reencontrar Rodrigo (Gabriel Braga Nunes).
Gabi Allende (Olívia Torres) – Irmã de Miriam (Letícia Persiles) e Clara (Klara Castanho). Ressente-se por ser a filha do meio e tem muito ciúme de Clara e de seus dons especiais.
Dona Zilda (Suely Franco) – Sogra de Gabriel (Felipe Camargo), alegre, de bem com a vida e muito espiritualizada. Depois da morte de sua filha é ela quem cuida das netas.
Beatriz Mainardi (Carolina Kasting) – Psicóloga, especializada em terapia de regressão a vidas passadas. Recém-divorciada, ela é mãe de João (Luis Augusto Formal) e Cris (Mariana Molina). Sente atração por Gabriel (Felipe Camargo), embora tenham temperamentos e ideias conflitantes.
Cris (Mariana Molina) – Amiga de Tati (Adelaide de Castro) e Gabi (Olívia Torres), ela é filha de Beatriz (Carolina Kasting). Ligada ao pai, sofreu muito com a separação deles. Tem uma paixonite platônica por Kléber (Marcelo Faria), o que acaba causando situações difíceis com Jáqui (Suzy Rêgo).
João (Luis Augusto Formal) – filho de Beatriz (Carolina Kasting) e irmão de Cris (Mariana Molina).
Regina (Maria Clara Matos) – Secretária de Beatriz (Carolina Kasting) no consultório e em casa.
Seu Francisco (Carlos Vereza) – Pai de Beatriz (Carolina Kasting), mora com ela e os netos.
Kátia (Larissa Vereza) – Professora da Clara (Klara Castanho). Jovem doce, competente e dedicada.
Alan (Bruno Pereira) – Rapaz pobre e bom caráter que, com a ajuda da doutora Beatriz (Carolina Kasting), vai ter um emprego um tanto inusitado, mas no qual se sai muito bem. Faz amizade com Bruno (Miguel Rômulo) que o ajuda a descobrir quem são seus pais.

Família do passado

Virgílio de Souza (Osmar Prado) – Homem sem caráter, pai adotivo de Carlos (Gabriel Braga Nunes), tornou a infância dele um inferno.
Angélica de Souza (Denise Weinberg) – Criou Carlos/Rodrigo (Gabriel Braga Nunes) como seu filho depois do desaparecimento. Amorosa tenta mantê-lo a salvo dos maus tratos de Virgílio (Osmar Prado).
Elisa (Júlia Gomes/Mayana Neiva) – Personagem do passado de Carlos (Gabriel Braga Nunes) em Minas Gerais. Ela é a lembrança de um amor que ele carregou pela vida toda.
Solange Campos (Sandra Corveloni) – Mãe de Elisa (Mayana Neiva).

Família Marajoara

Carmem (Vera Mancini) – Dona da birosca de Vila dos Milagres e mãe de Valéria (Andréia Horta). Carrega o marido Zé (Pedro Paulo Rangel) no cabresto e não tem medo de trabalho. É contra o namoro de Carlos (Gabriel Braga Nunes) com sua filha.
Zé da Carmem (Pedro Paulo Rangel) – Carinhoso pai de Valéria (Andréia Horta). É casado com Carmem (Vera Mancini) e sofre com o gênio explosivo dela. Gosta de Carlos (Gabriel Braga Nunes) e não se opõe ao namoro dele com a filha.
Valéria (Andréia Horta) – Espevitada filha de Carmem (Vera Mancini) e Zé (Pedro Paulo Rangel). Bonita, puxou a mãe na ambição e no gênio difícil. Faz de tudo para conquistar Carlos (Gabriel Braga Nunes) e se casar com ele.
Tobias (Erom Cordeiro) – Peão criado com Carlos (Gabriel Braga Nunes) em Vila dos Milagres, onde trabalham na mesma fazenda. É casado com Jacira (Carol Castro).
Jacira (Carol Castro) – Mulher de Tobias (Erom Cordeiro), faz bolsas com couro vegetal, com auxílio da cunhada Gracinha (Daniela Fontan) e vende na birosca de Zé da Carmem (Pedro Paulo Rangel).
Josué (Raphael Viana) – Canta e toca violão na birosca de Zé (Pedro Paulo Rangel) e Carmem (Vera Mancini). Peão bonito, trabalha como vaqueiro na fazenda de búfalos em Vila dos Milagres. É apaixonado por Valéria (Andréia Horta) e tenta conquistá-la.
Gracinha (Daniela Fontan) – Irmã de Tobias (Erom Cordeiro) e Carlos (Gabriel Braga Nunes). Moça ingênua, doce e divertida. Sonha em conhecer o Rio de Janeiro e os artistas que vê nas revistas.
Pedro Fonseca (André Gonçalves) – Repórter de um pequeno jornal de Belém. É ele quem entra em contato com Miriam (Letícia Persiles) para comunicar a semelhança entre Carlos e Rodrigo (Gabriel Braga Nunes).

Família Revista ‘Cena Contemporânea’

Priscila Belize (Laila Zaid) – Melhor amiga de Miriam (Letícia Persiles) e filha de Laura (Giulia Gam). Ela é recém- formada em direito e trabalha com Kléber (Marcelo Faria) na Construtora Prado Borges.
Laura Belize (Giulia Gam) – Editora chefe da revista ‘Cena Contemporânea’, chefe de Miriam (Letícia Persiles) e braço direito de Henrique (Murilo Grossi). É mãe de Priscila (Laila Zaid).
Henrique Pietrini (Murilo Grossi) – Dono e diretor-geral da revista ‘Cena Contemporânea’. Calmo, firme e bem- humorado, é pai solteiro de Juliana (Marina Ruy Barbosa). Ele tem um sentimento forte por Laura (Giulia Gam) mas não é correspondido .
Gil Menezes (Otavio Martins) – Editor de moda da revista, bom coração, sofisticado e engraçado. É irmão da perua Jáqui (Suzy Rêgo).
Juliana Pietrini (Marina Ruy Barbosa) – Jovem estagiária na revista do pai. É igualmente esforçada e muito estabanada. É filha de Henrique (Murilo Grossi) e vai se interessar por Bruno (Miguel Rômulo). Vai lutar para que a revista abra mais espaço para os jovens.
Leo (Wal Schneider) – É o office-boy e faz tudo da redação.

Família Edifício São Jorge

Marlene (Hermylla Guedes) – Filha de Teresa (Rosi Campos), é bonita mas não se cuida. Não terminou os estudos porque ficou grávida muito jovem de Laís (Jéssika Alves). Faz tortas para fora e ajuda com pequenos bicos. Deseja um futuro melhor para a filha.
Laís (Jessica Alves) – Neta de Teresa (Rosi Campos) e filha de Marlene (Hermylla Guedes). É uma boa menina, afetuosa mas não quer saber de estudos. Escondida da mãe e da avó, passa a maior parte do tempo na casa dos vizinhos e visitando uma lan house.
Divina (Flávia Reis) – Empregada na casa de Melissa (Cassia Kis Magro). É mãe de Junior (Rafael Gevú), mas teve que esconder o filho para conseguir o trabalho.
Junior (Rafael Gevú) – Filho de Divina (Flávia Reis). Tem um talento excepcional para o piano e sofre por não poder estudar.
Uilha (Jose Bitencourt) – Filho de Deolinda (Nica Bomfim), trabalha na construtora de Verbena (Ana Lúcia Torre). É influenciado negativamente pelo mau caráter de Fernando (Carmo Dalla Vecchia), com quem trabalha. Gosta de Marlene (Hermylla Guedes) e pode ser salvo por esse amor.
Gilda Tavares (Flavia Garrafa) – secretária da revista ‘Cena Contemporânea’, mora no edifício São Jorge com o marido Mauro (Gilberto Torres) e o filho Julinho (Igor Cosso).
Mauro Tavares (Gilberto Torres) – marido de Gilda (Flavia Garrafa), trabalha na ONG que investiga o desaparecimento de crianças fundada por Verbena Borges (Ana Lúcia Torre) .
Julinho (Igor Cosso) – Filho de Mauro (Gilberto Torres) e Gilda (Flavia Garrafa) e namoradinho de Laís (Jéssika Alves).
Jair (Lincoln Tornado) – O faz-tudo no edifício São Jorge. Sempre de bom humor, tentando descolar um dinheirinho. É o “personal porteiro” de alguns moradores do prédio, já que a maioria não quer ter mais uma despesa no condomínio.
Ribamar (Nuno Leal Maia) – Morador do São Jorge, é padeiro e dono da pequena padaria que fica no térreo do edifício. Boa gente, está sempre com sono porque acorda muito cedo para fazer o pão de cada dia.
Dona Olga (Camila Amado) – Senhora moradora do edifício São Jorge, solitária, vive “alugando” as pessoas sobre seus problemas de saúde.